DIVERSIDADE E (RE)EXISTÊNCIA – À GUISA DE INTRODUÇÃO AO PAPEL DA ESCOLA COMO ESPAÇO (RE)CONSTRUÇÃO DAS VISIBILIDADES DAS PESSOAS LGBTQIA+

AILTON BATISTA DE ALBUQUERQUE JUNIOR

Co-autores: EDITE BATISTA DE ALBUQUERQUE , MARIA AUREMIRTES DA SILVA OLIVEIRA e ADRIANA NEILI VASCONCELOS DA SILVA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A educação caracteriza-se como um processo formativo, que ocorre a partir da convivência humana, seja na família, no trabalho, nos estabelecimentos de ensino ou em outros espaços de interação social. Por conseguinte, esta pesquisa tem como objetivo discutir a sexualidade como paradigma para o exercício dos direitos humanos, ao proporcionar uma formação escolar que dê conta de contemplar a cidadania imbricada em um currículo que consubstancie os saberes procedimentais, atitudinais e conceituas por meio de uma práxis social e educativa que coloque os sujeitos como protagonista de sua vida, respeitando o outro e exigindo o mesmo respeito para si. Assim, quanto ao percurso metodológico, aplicamos uma pesquisa bibliográfica calcada na abordagem qualitativa e uma pesquisa documental, atravessada pelo ordenamento jurídico brasileiro e informações da mídia concernentes ao presente estado da arte. Por esse ângulo, aduzimos que o currículo não se reduz à prescrição de metodologias e conteúdos, compondo todos aspectos do cotidiano escolar. Dessarte, esse estudo justifica-se para contribuirmos com a diminuição de violências e assassinatos de pessoas LGBT+ no Brasil, haja vista que contemporaneamente, ainda somos o país que mais mata travestis e transsexuais no mundo, em virtude que mesmo nos países em que a homossexualidade é punido com crime de pena capital, mesmo assim acabam matando menos do que nosso país. À rigor, no seio da sociedade e nas instituições de ensino devem ser eliminadas quaisquer formas de diferenciação de tratamento por questões de gênero, sexualidade, religião, classe social, geração ou outra relação social. Nessa perspectiva, os sujeitos que não estão inseridos na performatividade de gênero, conforme a heteronormatividade, estarão vulneráveis às diversas violências, além de enfrentar obstáculos no acesso aos postos de trabalhos e a serviços de saúde. Em suma, um currículo que respeite as singularidades e as diversidades dos seus aprendentes, não pode ser fragmentado ou reduzido a concepções minimalistas de prescrição curricular. Tão logo, as discussões destes tópicos são avanços significativos, representando proposições de quebra de paradigmas e preconceitos, corporificando os estabelecimentos educacionais como espaços de liberdade de expressão e de reflexão, demonstrando que um caminho já vem sendo traçado, mesmo com a existência dos movimentos que rumam em direção ao oposto, e que ainda haja muito o que percorrer. Nesse extrato, constata-se que contemporaneamente, a escola silencia essa pauta, haja vista que é um tema polêmico, podendo trazer discussões e embates que coloque sujeitos em conflito. Porém, cada um de nós, deve avaliar o momento certo para intervir da melhor forma, visando descontruir estereótipos e quebrar paradigmas. Nesses termos, alegamos que as instituições de ensino, possuem a função social de oportunizar a discussão de questões sociais, favorecendo o desenvolvimento do pensamento crítico, sobre as diferenças corporais e sexuais, que culturalmente cria-se na sociedade, possuindo papel fundamental na desmistificação destas diferenças, além de ser um importante instrumento na construção de valores e atitudes, que permitam um olhar sobretudo reflexivo sobre as identidades de gênero e sexualidade, necessitando  que o (a) professor (a) traga informações e contextualize-as.