DESAFIOS DO EXPERIMENTO DE PRICE E A ANTISSEPSIA DAS MÃOS NA GRADUAÇÃO

RODRIGO ALMEIDA SARAIVA

Co-autores: KARINY NASCIMENTO BEZERRA, ANA LARISSA MUNIZ MACIEL, GERMANA COSTA PAIXÃO e LYDIA DAYANNE MAIA PANTOJA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida primária, muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Price em seu clássico estudo sobre a quantificação da microbiota da pele, dividiu as bactérias isoladas das mãos em duas categorias: transitória e residente, sendo esse o pontapé para mais estudos dessa microbiota em laboratório. Estudantes da disciplina de Microbiologia de um curso de Ciências Biológicas no ensino superior são estimulados a analisar a eficácia da lavagem das mãos, através da observação do surgimento e crescimento de microrganismos em placa de Petri em três diferentes situações (mãos antes da antissepsia, antissepsia com água e sabão neutro e antissepsia com água, sabão neutro e ao final borrifada com álcool 70%). O respectivo trabalho busca analisar os relatórios de aula prática de Experimento de Price elaborados por discentes da disciplina de Microbiologia de um curso de Ciências Biológicas de uma universidade pública. Foi realizada uma análise documental dos relatórios produzidos por 4 equipes do semestre 2022.1, com média de 6 alunos/equipe, a fim de observar quais etapas apresentaram maior dificuldade nos resultados de cada equipe. O primeiro obstáculo observado nos relatórios ocorre no ato de lavar as mãos seguindo os cinco movimentos de lavagem, onde os alunos não o executam com destreza, constatando-se pouca diferença entre os quadrantes onde deveria ser possível a análise da ação mais expressiva do álcool 70%. O segundo aspecto observado foi uma certa confusão das equipes no momento da semeadura das amostras nos respectivos quadrantes, assim, houve trocas no momento de dispor as amostras nas placas de Petri, atrapalhando a análise final do experimento, mostrando certa dispersão na execução do protocolo. Por esses aspectos, observa-se a maior necessidade do foco durante a lavagem das mãos e na execução da técnica. Indica-se o uso de identificações mais sugestivas para nomear cada espaço da placa de Petri, além de instruir uma atenção maior e calma no momento das semeaduras no meio de cultura. Constatou-se que essa aula prática laboratorial gera maior afinidade dos alunos com a Microbiologia e podem compreender que uma lavagem correta das mãos minimiza a carga microbiana, sendo necessário atenção com os movimentos de lavagem das mãos e na execução do experimento.