Ação educativa é uma atividade voltada a criação de materiais, modelos e práticas didáticas orientadas aos conteúdos para melhorar, facilitar e flexibilizar o processo de ensino e aprendizagem dos discentes. Para um estudante de licenciatura, a ação educativa proporciona o contato inicial do estudante com a realidade, promove autonomia na produção do conhecimento, desenvolvimento do saber científico e empírico, integração sociocultural garantindo assim a formação integral desse futuro professor. Assim, o objetivo desse trabalho foi descrever a importância da ação educativa para o ensino e aprendizado na disciplina de Zoologia de Invertebrados em um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas a distância. Através de atividades de ensino, pesquisa e extensão, a ação educativa se desenvolveu por meio de rodas de conversa nas comunidades próximas das residências dos estudantes. Os participantes foram os trabalhadores do setor da Secretaria de Obras, Transporte e Urbanismo do município de Orós, Ceará. No desenvolvimento da ação foram utilizados folders de divulgação científica com temáticas relacionadas as doenças causadas por invertebrados, com foco nas verminoses. Para a coleta dos dados foram empregados registros em portfólios de aprendizagem e observação participante. A análise dos dados foi instrumentalizada através das narrativas dos participantes, registros fotográficos e anotações em diário de campo. A partir da experiência da realização da ação educativa, pode-se perceber que a população ainda desconhece sobre temáticas relacionadas as doenças causadas por invertebrados e necessita de ações contínuas de prevenção e promoção da saúde. Foi constatada na roda de conversa que uma das medidas mais eficazes para prevenir e controlar verminoses intestinais é o compartilhamento de informações em ações de educação em saúde e aplicação dos princípios de higiene e saneamento básico. Dessa maneira, a ação educativa se configurou como uma ferramenta de aplicação das teorias da disciplina de Zoologia dos Invertebrados e estimulou laços dos discentes com a comunidade. Além disso, promoveu o despertar da comunicação, disseminação de informações, aprendizagem ativa e colaborativa, identificação de situações problemas e fatores de risco relacionados diretamente a conscientização socioambiental e preservação da vida. Logo, a troca de saberes entre acadêmicos e população viabilizou o desenvolvimento de habilidades e competências instrumentais, comunicativas e pedagógicas.