Resumo: Nos últimos anos o setor da educação vem sofrendo com o sucateamento e o abandono por parte do poder público. Nessa perspectiva, o aluno egresso dos cursos de licenciatura precisa ter uma noção do contexto do seu ambiente de trabalho e os desafios que enfrentará em sua profissão. Objetivando responder esses questionamentos, o trabalho busca entender a atual situação, na cidade de Fortaleza e municípios próximos, da valorização do professor e trazer propostas de valorização dessa profissão. Por meio de análise de questionário semiestruturado com 8 perguntas, distribuído a professores que atuam no ensino básico, médio ou superior, buscamos os dados para apontar perspectivas e sugerir melhorias para a educação e valorização do profissional. A ferramenta usada na pesquisa foi Google FormsⓇ. Participaram da pesquisa 55% professores que atuam no Ensino Fundamental, 40% Ensino Médio, 5% do Ensino Médio e Fundamental, 5% educação infantil, 5% formador municipal e 5% ensino superior. A maioria 57% responderam que não sentem segurança em trabalhar nas escolas e muitos citam o problema da criminalidade e facções criminosas, 23% disseram que sentem segurança em partes e apenas 20% afirmam sentir segurança no local onde trabalham. Em relação à valorização como profissional. 42,9% responderam que não se sentem valorizados como professor, 42,9% disseram que sim e 14,4% preferiram não responder. Quando perguntados se mudariam de profissão 57,1% disseram que não mudariam de profissão, 19% afirmaram que talvez, 14,3% afirmaram que sim e 9,5% preferiram não responder, os motivos que que levariam a maioria a mudar de profissão é a questão salarial e a falta de valorização do profissional, ficou evidente que a maioria reivindica melhoria salarial, segurança, reconhecimento e uma formação continuada. Como resultado geral, observa-se desvalorização do professor, dificuldade ao ingresso no mercado de trabalho ocasionado pelas novas políticas educacionais, pode incluir a essa situação agressões e ameaças que professores sofrem em sala, situações que ocorrem em todo Brasil, havendo também interferência por parte de pais de alunos, muitas vezes seguidores de ideologias extremas, tudo isso contribui para precarização do profissional professor. Vale lembrar que ser professor não é um "sacerdócio" e sim uma profissão de grande importância para a formação de uma sociedade justa e desenvolvida, reflexões como a do presente trabalho são importantes para mantermos a busca e diálogo de melhoria da profissão de professor.