Profissionais da área da saúde como biólogos e biomédicos ainda sofrem preconceitos para atuar em áreas de seu domínio técnico, como a Bioquímica. Nesse ínterim, o presente trabalho objetivou apresentar a trajetória de vida acadêmica de uma profissional formada em Biomedicina, buscando entender os motivos que a levaram a escolher esse curso e compreender o percurso trilhado para chegar a ser uma Bioquímica. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa com realização de entrevista semiestruturada, composta de 7 questionamentos abordando a vida acadêmica com seus aspectos positivos e negativos. A profissional é bacharel em Biomedicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN e possuí uma graduação sanduíche pela Universidade de Milão - UNIMI/Itália, tem Mestrado em Ciências Biológicas pela UFRN e 2 especializações, uma em análises clínicas e outra em hematologia e imuno-hematologia. A profissional teve acesso a graduação através do vestibular, com duas habilitações em análises clínicas. Ao se aprofundar nos estudos das análises clínicas, a mesma percorreu diferentes campos, desde as uroanálises, parasitologia, hematologia, imunologia até a chegar na Bioquímica. Ela passou por momento difíceis, que a ajudaram a crescer pessoalmente e profissionalmente, como a maturidade alcançada ao morar fora da sua cidade natal e longe dos seus familiares. Ao relatar sobre sua atuação profissional, a mesma acredita que por gostar muito do que faz não vê pontos negativos, só ressaltou que o mais complicado é a questão da quantidade de resultados, e que se deve ter muita atenção ao liberar um resultado. Por último ela recomenda para os que querem abraçar essa área, estudar e seguir em frente com base em sua identificação com a Bioquímica. Em síntese, a ressignificação de uma trajetória acadêmica nos permite entender o caminhar percorrido, compreendendo o indivíduo e servindo de exemplo para o grupo que o almeja.