FOLDER COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DA ARBORIZAÇÃO DAS PRAÇAS DE CANINDÉ, CE

MARIA HAYMÊ VAZ DE AQUINO

Co-autores: ANTONIO ALCIDES GOMES FILHO, MARIA DAYANE ALMEIDA SILVA, DANIEL CELESTINO DOS ANJOS, BRUNO EDSON CHAVES e ROSELITA MARIA DE SOUZA MENDES
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A Arborização Urbana (AU) corresponde aos espaços verdes presentes em parques, praças, ruas e avenidas de uma cidade, e seu conhecimento é importante para o bom planejamento dos municípios. Todavia, é um aspecto pouco estudado, a exemplo dos 184 municípios do estado do Ceará, cerca de 15 apresentam dados sobre AU. Paralelo a esta questão, informações sobre a diversidade e potencialidades da AU precisam ser de conhecimento da população, para, assim auxiliar a preservar e valorizar a flora urbana. Visando esta questão, o trabalho objetivou avaliar a importância do folder como recurso de divulgação científica da arborização urbana das praças da sede do município de Canindé, CE. Para tanto, foi inicialmente realizado o levantamento florístico das praças; e posteriormente, confecção e aplicação do folder a 20 transeuntes de cinco praças (Praça da Basílica, Praça do Hospital, Praça nossa Senhora das Dores, Praças dos Romeiros e Praça Thomaz Barbosa), totalizando 100 pessoas. Para verificar o entendimento das pessoas sobre AU e o que acharam do folder foi entregue um formulário com perguntas objetivas e subjetivas. As perguntas objetivas foram analisadas por estatística descritiva. Notou-se que grande parte da arborização do município é composta por Azadirachta indica A. Juss (Nim), planta exótica. Após a apresentação do folder, 95% dos entrevistados afirmaram que o uso do folder foi importante e trouxe informações desconhecidas. 65% dos entrevistados desconhecem o nome das plantas das praças. Diversas espécies foram citadas ao ser questionado quais plantas gostariam de ver na arborização das praças, por exemplo: Palmeira (9% das respostas), Carnaúba (5%), Pau Brasil (3%), Juazeiro (3%), Mangueira (3%), Laranjeira (2%), Macieira (2%), Pinheiro (2%), Ipê roxo (2%), Coqueiro (1%), Cajueiros (1%), Jabuticabeira (1%) e Ipê (1%); todavia, muitas destas não são apropriadas para o clima da região. Assim, ressalta o desconhecimento de parte da população de Canindé sobre a vegetação das praças, o que reforça ainda mais a necessidade de trabalhos sobre arborização para levar informações necessárias sobre a importância destas plantas para a cidade, bem como estimular o plantio de plantas nativas, endêmicas ou integrantes da flora recomendada para o semiárido nordestino.