Nome: Rafael Lima Xavier
E-mail: rafaelporshe911@hotmail.com
Eixo temático: "Mundos do Trabalho: Classe, Cultura e Trabalho na História" - Prof. Dr. William Melo.
O presente trabalho pretende apresentar o embate político entre os comerciantes, representados pela Associação Comercial do Ceará e a oligarquia acciolina (1904-1912). Esses utilizarão como canal de disseminação das idéias anti-oligárquicas os jornais: Unitário e Jornal do Ceará, ambos pertencentes a opositores políticos de Nogueira Accioly, João Brígido e Waldemiro Cavalcanti.
Mostrar os motivos que fizeram com que os comerciantes de Fortaleza rompessem com a oligarquia acciolina: o violento desfecho da greve dos Catraeiros do porto do Mucuripe em 1904 que resultou na morte do comerciante José Adelino, os abusivos impostos sobre os gêneros alimentícios como farinha e feijão, e sobre o principal produto de exportação cearense a borracha da Maniçoba a partir de 1908, bem como as arbitrariedades políticas e o nepotismo dos Accioly à frente do governo do estado do Ceará.
Analisar o envolvimento logístico, moral e político da Associação Comercial do Ceará na campanha do coronel Marcos Franco Rabelo, a partir do lançamento da mesma em Dezembro de 1911, através do panfleto "Ecce Hommo". Além de analisar o apoio dado pelos comerciantes para o surgimento das "Liga Feminina Pró-Ceará Livre" que tinha entre seus membros, familiares dos comerciantes como: esposas e filhas. Essa instituição será a responsável pela organização de duas importantes passeatas: Mulheres e Crianças, esta ultima tendo um desfecho trágico resultando em vários feridos e na morte de seis crianças em 21 de Janeiro de 1912.
Investigar a partir desse lamentável acontecimento a postura assumida pelos comerciantes durante a luta armada, travada durante os três próximos dias: de 21 de Janeiro até 24 de Janeiro de 1912, quando finalmente o grupo oligárquico se rende e é deposto.