Os museus de cidade tem a função de inserir sua população nos lugares de memória, tanto que o fato de muitos dos museus de história existir nos museus de cidades permite que narrem uma determinada história local. Observo a necessidade de se pesquisar as determinações sociais, rever as estruturas e as propostas das instituições sociais de memória. O próprio discurso histórico das instituições museais sempre foi uma narrativa das elites para justificar dominação, exclusão e poder. De outra perspectiva observo tal argumentação indagando, será que a população se identificou realmente com o museu de sua cidade, qual a relação entre o museu e seus cidadãos? Questionar o papel social da instituição passa pela educação cidadã. O museu, lugar de conhecimento e de ação, é também ambiente educativo e seu uso pedagógico pode transformar os alunos trazendo a consciência de preservação da memória histórica regional e local referente a sua identidade e cidadania. É necessário lembrar que a ação educativa nos museus está relacionada com o ensino de história, portanto, tende a estimular e desenvolver nos cidadãos o interesse e o respeito pelo patrimônio cultural local. O objeto de pesquisa é o Instituto do Museu Jaguaribano situado no Solar do Barão de Aracati, inserido na paisagem da cidade e responsável pela construção da histórica da cidade. O objetivo, no entanto é incorporar e apresentar os pontos de contato relativos ao campo de estudo do objeto entre a educação, cultura e patrimônio no contexto do período de 1965 a 1985. Utilizo como metodologia uma análise das exposições permanente e ocorridas na época, confrontando e dialogando com a história oral temática através de entrevistas com professores, sócios do museu e ex-alunos.