“O FAZER TEATRAL” E “O GRITA VIVE!”: ANÁLISE DE DISCURSOS E NARRATIVAS (INDEPENDENTE DE QUEM E AMADOR COMO?)

THAÍS PAZ DE OLIVEIRA MOREIRA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

O trabalho comunica pesquisa realizada sobre a atuação do Grupo Independente de Teatro Amador (Grita) em Fortaleza, a partir da análise do discurso da obra "O Fazer Teatral: uma forma de resistência", da pesquisadora Erotilde Honório Silva.  A pesquisa analisa a trajetória e o cenário de ação do Grita durante a Ditadura Militar, especialmente entre 1973, ano em que o coletivo foi criado, e 1985, englobando assim o período em que ocorre o processo de abertura política. Entre as ações desenvolvidas pelo Grita, observa-se que a apresentação de espetáculos não ficou restrita aos palcos oficiais, mas, também, nas praças, periferias e favelas. Desta forma, o objetivo é, através da análise do discurso do livro e entrevistas discutir a importância política e social do grupo que se apropriou do espaço urbano, desenvolvendo conceitos como "Teatro Amador" e "Teatro Independente", dando visibilidade aos seus usos e estratégias de resistência a partir de um "Fazer Teatral" diferenciado, combatendo o cerceamento vivenciado no período autoritário. Utilizamos como referência o conceito de "análise do discurso" da linguista Eni Puccinelli Orlandi. Como fonte, o livro: "O Fazer Teatral: uma forma de resistência" da autora Erotilde Honório Silva, bem como entrevistas orais.