DIÁLOGOS ENTRE VIDA E ARTE: UMA INCURSÃO NA OBRA DE JOHN CAGE (1940 -1950)

LARYCE RHACHEL MARTINS SANTOS

Co-autores: LUCILA PEREIRA DA SILVA BASILE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Proponente: Laryce Rhachel Martins Santos; rhachelmartins@hotmail.com.

Co-autor: Lucila Pereira da Silva Basile.

Linha de pesquisa: Entre-lugares - História, Cultura e Arte.

 

O objetivo deste trabalho é analisar como a trajetória de John Cage se refletiu em seu fazer artístico, focalizando suas concepções de música. Cage (1912-1992) foi um artista norte-americano dedicado a pesquisar a relação do cotidiano com a arte, por meio da apreciação de suas obras musicais, plásticas, teatrais e literárias é possível perceber que ele não faz distinção entre a vida e a arte. Embora esteja inserido na geração de compositores da música de vanguarda, Cage não tencionava a reconstituição de uma nova linguagem musical. Ele estava mais interessado na experimentação com objetos de sons indeterminados, pela música e filosofia oriental, pelo indeterminismo e acaso e por projetos de arte interdisciplinar. Segundo o filósofo francês, Jacques Rancière, o regime estético, que designa a noção de modernidade, pontua que as vanguardas postulam uma vontade de reaproximação com a experiência dos sujeitos imbricadas na vida, ao mesmo tempo que se tornou diferente da experiência comum, ficando um acontecimento exógeno da cultura. Avaliando o percurso artístico de John Cage, entendemos que suas questões estavam concatenadas ao cotidiano e até mesmo de ordem prática. O estudo é sistematizado em duas fases: a) aponta os três regimes estéticos da arte, apresentado por Rancière (2005), e discute suas implicações no fazer artístico da música de vanguarda; b) estuda a trajetória do compositor, com foco nas décadas de 1940 e 1950. Os recursos metodológicos empregados foram revisão bibliográfica, análise de partituras e apreciação auditiva.