A RELAÇÃO DO MARANHÃO: A FÚRIA DE CONTRASTES ENTRE JESUÍTAS E NATIVOS NO CEARÁ DO SÉCULO XVII

FRANCISCO CARLOS CARVALHO DA SILVA

Co-autores: FRANCISCO CARLOS CARVALHO DA SILVA e GEÓRGIA GARDÊNIA BRITO CAVALCANTE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A RELAÇÃO DO MARANHÃO: A FÚRIA DE CONTRASTES ENTRE JESUÍTAS E NATIVOS NO CEARÁ DO SÉCULO XVII

                                                                       Francisco Carlos Carvalho da Silva

(carlos.oak@hotmail.com)

 

                                                                      Geórgia Gardênia Brito Cavalcante

(gcavalcante@hotmail.com)

 

Eixo temático: História,Memória e Oralidade

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo, apresentar considerações sobre as relações entre os jesuítas e os nativos cearenses, tomando como base o documento Relação do Maranhão, escrito pelo Padre Jesuíta Luiz Figueira. O referido documento foi escrito no dia 26 de março de 1608, quando o religioso veio em missão ao Maranhão, passando pelo Ceará. Embora seja essa a data oficial do documento e, sabendo-se que o mesmo só foi escrito após a viagem, deduz-se que, na verdade, o documento só teria sido escrito em 1609. Ao ganharem o mundo em defesa da Igreja Católica, os homens da Companhia de tornaram-se não apenas divulgadores do Evangelho, mas precursores de diálogos entre culturas. Orientados pelo superior da Companhia, Inácio de Loyola, os jesuítas produziram inúmeros relatos (a Relação do Maranhão é um exemplo) sobre povos, hábitos e línguas; além de fundarem cidades e escreverem dicionários e gramáticas. Com o objetivo de cumprir as determinações de seus superiores, os jesuítas Francisco Pinto e Luiz Figueira embarcam no Recife, em 1607 , rumo ao Ceará. Assim sendo, objetivamos uma análise de como se deram as relações entre o homem branco europeu, católico e o nativo de uma região ainda em formação. O documento escrito pelo Padre Luiz Figueira é de grande relevância para a compreensão do período de fundação do Ceará bem como a língua portuguesa e suas relações com a língua indígena presentes na composição do referido documento. O estudo do texto em questão mostra-se relevante, uma vez que tal documento abre-se para uma ampla gama de estudos que abrangem História, Historiografia, Linguística, Etnografia e filologia, entre outros. A Relação do Maranhão é de suma importância para o Brasil e de específica para o Ceará por ser considerada sua certidão de nascimento. Pretendemos assim, tecer algumas considerações acerca do escopo no qual se insere a realidade apresentada na Relação do Maranhão, numa tentativa de unir as pontas que culminaram no relato em questão. E, embora não se trate de um texto literário, a Relação do Maranhão aponta para um caleidoscópio de possibilidades e análises, possibilitando uma aproximação com a História, com a vida e com o tempo.

 

Palavras-chave: Relação do Maranhão, Cultura, jesuítas.