HISTÓRIA E ASTROLOGIA NO RENASCIMENTO ITALIANO: UMA REFLEXÃO DE MARSÍLIO FICINO

LORENA OLIVEIRA MACIEL SILA

Co-autores: LORENA OLIVEIRA MACIEL SILVA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A presente proposta de comunicação pressupõe o universo do humanismo renascentista, e objetiva compreender esse período sob o olhar e o pensamento de Marsílio Ficino (1433-1499) que foi o representante mais influente e relevante do platonismo renascentista. Ficino está na origem dos grandes sistemas de pensamento renascentista e da filosofia do século XV e influenciou, quer o pensamento de alguns de seus conterrâneos - como Giordano Bruno - quer de alguns pensadores europeus. Ficino teve como um dos principais elementos de sua teoria uma vasta abordagem sobre o campo das ciências ocultas. Por meio da Astrologia, ele buscou compreender o sentido da utilização das forças da natureza nos corpos celestes, se opondo a certa astrologia adivinhadora, que associava causas universais a fatos particulares interferindo assim no curso da historia da humanidade. O mago, como Ficino mesmo se intitula, resgata, dentro de certos limites, a astrologia como estudo e utilização das forças naturais que existem nos corpos celestes, maravilha-se e deprime-se com as coisas do mundo, e em meio a uma aparente melancolia, absorve as características das divinas teorias platônicas. É esta pesquisa de terras pouco frequentadas, ou seja, o fascínio do oculto e sedução da magia, uma tentativa de coadunar poesia e profecia, que Ficino ganha tanta visibilidade na história da cultura do Renascimento. A leitura dos opúsculos herméticos, as disciplinas dos Studia Humanitatis e a herança da tradição platônica, fazem de Ficino um filósofo de saber enciclopédico que apresenta uma nova abordagem para os problemas práticos da vida do homem.