HISTÓRIA, LINGUAGEM E SENSO COMUM EM GIAMBATTISTA VICO

TATIANA QURINO CRISÓSTOMO MELO

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A presente proposta de comunicação objetiva refletir sobre a filosofia de Giambattista Vico (1668-1744), destacando a importância histórica e filosófica concernente à linguagem e, o senso comum.  A perspectiva viquiana da linguagem é fundamentada pela Filologia, pois é estritamente vinculada à História. Ademais, a Filologia reconhece que o entendimento do início das coisas humanas está fundamentado na linguagem, possuidora da origem e da propriedade das coisas. O homem tem domínio do que ele mesmo cria e a história é a verificação do criado anteriormente. Nesse sentido, trata-se aqui de uma reflexão sobre a proposta inovadora viquiana, destacando a importância creditada aos estudos clássicos relacionados à Retórica. Por conseguinte, Filosofia e Filologia, além da importância reconhecida por Vico do Senso Comum. Este último, por sua vez, é valorizado pois representa as necessidades humanas. Todos esses aspectos relacionados acima são orientados pelo Humanismo renascentista. Destacam-se, nesta comunicação, os estudos relativos à História, à Linguagem, ao Senso Comum, além da herança da cultura clássico-humanista. Essa nova proposta viquiana apresenta-se como uma crítica ao método base do conhecimento proposto por Renê Descartes, e representa uma oposição ao modelo predominante de saber no final do século XVII, ou seja, aquele cartesiano concernente à ciência. Daí a proposta viquiana de uma nuova scienza, realizada em sua obra Principi di scienza nuova (1725,1730, 1744), em que defende a importância de elementos pertencentes aos antigos saberes: a Retórica, a Poética e a Filologia. Destaca-se, portanto, um rico saber histórico e antropológico em virtude da pesquisa realizada pelo autor no intuito de interpretar o início das coisas humanas, a saber, o início do mundo civil das nações, o início da linguagem, das famílias, do sentimento de paz e assim por diante. Para esta exposição, Utiliza-se aqui, para a investigação, a obra viquiana: Scienza Nuova.