ESTUDO DA ÁGUA: ANÁLISE E DETERMINAÇÃO DO PH DA CHUVA DE BELÉM REALIZADO PELOS ALUNOS DA E.E.E.F.M. DEODORO DE MENDONÇA

LUIS HENRIQUE MOUTA FRANCO

Co-autores: ALLAN KARDEK SOUZA DE MORAIS , LUIS HENRIQUE MOUTA FRANCO , ÉLSON LUIS CASTRO SILVA, KELLY DAS GRAÇAS FERNANDES DANTAS e PATRÍCIA SANTANA BARBOSA MARINHO
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

XXXIII Encontro Nacional dos Estudantes de Química

Universidade Estadual do Ceará

01 à 07 de Fevereiro de 2015

 

Estudo da Água: Análise e determinação do PH da chuva de Belém realizado pelos alunos da E.E.E.F.M. Deodoro de Mendonça

 

Allan Kardek Souza de Morais (ID)¹*, Luis Henrique Mouta Franco (ID)²*, Élson Luis Castro Silva (PG)³, Kelly das Graças Fernandes Dantas (PQ) 4, Patrícia Santana Barbosa Marinho (PQ)5.

1.     Universidade Federal do Pará (Curso de Química Licenciatura - Pibid/Capes)

2.     Universidade Federal do Pará (Curso de Química Licenciatura - Pibid/Capes)

3.     Secretária de Educação do Estado do Pará

4.     Universidade Federal do Pará - Curso Química

5.     Universidade Federal do Pará - Curso Química

allan.ard.ek@gmail.com, luismouta42@hotmail.com

 

Palavras chave: Chuva ácida. experimento. escala de PH.

 

Resumo

    Com a grande abordagem de temas voltados ao meio ambiente que envolve diretamente a química, este trabalho enfatiza a problemática da chuva ácida na sociedade e como ela está presente no cotidiano do aluno, mas especificamente na cidade de Belém. Tendo como objetivo de contextualizar o conteúdo programático de química, utilizou-se uma abordagem CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) envolvendo a problemática e a química presente na mesma, e a experimentação através da análise da água da chuva determinando seu PH, realizada pelos alunos. Dessa forma, foram vistos conteúdos como ácidos e bases, funções Inorgânicas e Escala de PH.

 Introdução

A Chuva ácida é uma mazela das grandes cidades em razão dos altos índices de poluição gasosa. Essa Classificação de "ácida" para a chuva, ocorre graças as reações químicas na atmosfera, da água com os Óxidos, especialmente os de Enxofre (SO2, SO3) e de Carbono (CO, CO2), produzindo compostos como o ácido Sulfúrico (H2SO4) e ácido carbônico (H2CO3), quando precipitados ocasionam problemas como a destruição de monumentos históricos, aumento da acidez em rios ou lagos, e demais. Porém, fica uma questão, será que Belém já sofre com este problema? Nesse intuito, foi realizada uma aula CTS sobre Chuva Ácida e a química da Chuva Ácida, para informar e conscientizar sobre essa problemática os alunos da Escola Estadual Deodoro de Mendonça. Incentivando-os á investigar se a chuva de Belém também é ácida, e de que forma ela os afeta? Com isso, os alunos realizaram experimentos de baixo custo, analisando a água da chuva, por meio da escala de PH e indicadores ácido-base, determinando o grau de acidez ou alcalinidade das amostras coletadas. Podendo então chegar há uma conclusão concreta sobre a chuva de Belém.

 Metodologia

    No primeiro momento foi ministrada uma aula de Química ambiental voltada para a questão da água e sua importância, e uma aula sobre a chuva ácida e suas consequências na sociedade. O objetivo foi alertar os alunos, fazendo-os tomar conhecimento sobre esse assunto que é tão importante e deveria ser aborda e discutida com mais frequência nas escolas.

     Nessa aula, foram abordados vários assuntos como: Ciclo da água, Revolução Industrial, ácidos e bases, escala de PH e demais. Mostrando aos alunos a grandiosidade desse problema que é a chuva ácida, que vem afetando não só as grandes cidades, mas também cidades menores, como é o caso de Belém.

     Ao final da aula, foi distribuído um pequeno questionário para os alunos responderem e para ser entregue em um próximo encontro, com o objetivo de avaliar o aprendizado e o conhecimento dos mesmos sobre o assunto.

    Após esse período foi marcado um novo encontro com os alunos, para os mesmos fazerem experimentos sobre o assunto. O experimento Realizado foi: ANÁLISE DA ÁGUA DA CHUVA E DETERMINAÇÃO DO PH.

     O experimento teve objetivo de analisar água da chuva, medindo seu PH, e posterior comparação com     água que sai da torneira domestica. A turma foi dividida em três grupos, e cada grupo se encarregou de montar sua experiência, logo apos de terem sido instruídos sobre o experimento pelos professores, onde foi repassado a mudança de coloração dos indicadores nos meio ácidos e básicos. Para isso, foram levados dois reagentes; NaOH (0,5 M) e H2SO4 (0,8 M), para demonstração. E escala de PH para cada um dos indicadores que se iria utilizar, dessa forma podendo determinar a faixa em que o PH da chuva se encontrava no experimento.

     Cada equipe tinha um Becker de 100 ml, dois tubos de ensaio, contendo água da chuva quanto da torneira, e dois indicadores ácido-base a fenolftaleína e o azul de bromotimol.

     Então os alunos iniciarão a experimentação. Em cada tubo eles colocaram 3 gotas do indicador ácido-base, primeiro no tubo com água da chuva, depois com água da torneira, e anotavam as mudanças de coloração  na tabela presente no roteiro. Vale ressaltar que o primeiro indicador usado foi o Azul de Bromotimol. Seguindo com a experiência, os alunos refizeram os mesmo processos anteriores, porém usando desta vez o indicador sintético, Fenolftaleína. E fizeram as devidas observações.

     Por fim, determinou-se a solução da água da chuva a sua função inorgânica, e sua faixa na escala de PH, para a fenolftaleína e Azul bromotimol.

 Resultados e Discussão

Após a realização das aulas e dos experimentos, os alunos tiraram suas reflexões sobre o assunto e entregaram os questionários respondidos, junto com as suas conclusões a respeito da experiência. Abaixo segue os dados da experiência e os resultados obtidos:

 

SOLUÇÃO

AZUL DE BROMOTIMOL

 

FENOFTALEÍNA

 

H2SO4

 

AMARELO

 

INCOLOR

 

NaCl

 

AZUL

 

ROSA

 

ÁGUA DA CHUVA

 

ESVERDIADO

 

INCOLOR

 

ÁGUA DA TORNEIRA

 

AMARELO

 

INCOLOR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir da análise da tabela acima, comprova-se que através do experimento realizado pelos alunos, o PH da chuva de Belém de fato é acida, devida a indicação da Fenolftaleína, que em meio ácido fica incolor, o mesmo resultado obtido quando utilizado no tubo contendo água da chuva.  Porém, muito pouco concentrado. Pois, através da escala do Azul de Bromotimol, apresentou coloração Esverdeada, característica de uma zona de transição, caracterizando um PH ácido bem fraco, podendo ser comprovada pela sua variação de PH, dada da seguinte maneira:

Contudo para a confirmação da faixa na qual se encontrava a solução com a chuva, foi necessária a interpretação das escalas dos dois indicadores.  Chegamos ao resultado de que o PH da chuva de Belém está numa faixa entre 6 - 7. Por falta de Phmetro não foi possível a determinação exata do PH.  

Conclusão

O Desenvolvimento da Aula CTS sobre Chuva Ácida e o experimento de análise e determinação do PH da chuva de Belém proporcionaram uma conscientização aos alunos sobre problemáticas ambientais presentes na sociedade, e também a relação deste com os conteúdos químicos aprendidos em sala de aula. Através do experimento, verificou-se que a chuva de Belém é ácida, contudo em uma concentração bem pequena, não ocasionando grandes danos a região, em razão da faixa acides na qual se encontra. Mas que já serve alerta para os níveis de poluição na cidade.

Agradecimentos

Este trabalho recebeu apoio da CAPES, da Faculdade de Química da UFPA e da Escola Estadual Deodoro de Mendonça.

Referências

1-     Márjore Antunes¹* (IC), Maria Alice R. Pacheco¹ (PQ), Marcelo Giovanela¹ (PQ). PROPOSTA DE UMA ATIVIDADE EXPERIMENTAL PARA A DETERMINAÇÃO DO PH NO ENSINO MÉDIO. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ). 2008.

 

2-     Sônia R. Giancoli Barreto Flaveli A. S. Almeida, Rení V. S. Alfaya, Ana LuisaG.da Silva, Angelita A. Gonçalves, Eduardo Henrique Duarte, Gabriel Franco dos Santos, Carina S. Camargo, Marcela M. Lazaretti, Lílian C. Mendes. CHUVA ÁCIDA E SEU EFEITO NO SOLO NA ABORDAGEM DO CONCEITO DE pH. VII Encontro Nacional de pesquisa em Educação em ciências. 2009.

 

3-     Cleber Assis dos Santos¹, Alailson Venceslau Santiago2, Jose Farias Costa3, Nilza Araújo Pacheco4. Potencial HIDROGENIÔNICO DA CHUVA EM BELÉM- PA. 16º Seminário de Iniciação Científica da Embrapa. 2012.

 

 

4-     Paulo Marcelo M. Teixeira. A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA SOB A PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA HISTORICO-CRITICA E DO MOVIMENTO C.T.S. NO ENSINO DE CIÊNCIAS. Ciência & Educação. V.9. n. 2. P. 177-190. 2003.