A RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA EM UM CENTRO DE PARTO NORMAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

MATEUS MOURA DA SILVA

Co-autores: LUANA SILVA DE SOUSA, RYVANNE PAULINO ROCHA, CINTHIA MARIA GOMES DA COSTA ESCOTO ESTECHE, DAFNE PAIVA RODRIGUES e AMANDA FREITAS BRILHANTE
Tipo de Apresentação: Relato de Experiência

Resumo

 

A RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA EM UM CENTRO DE PARTO NORMAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Mateus Moura da Silva1

Luana Silva de Sousa 2

Ryvanne Paulino Rocha 3

Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto Esteche 4

Dafne Paiva Rodrigues 5

Amanda Freitas Brilhante 6

Eixo 6: Enfermagem em Saúde da Mulher

INTRODUÇÃO

Os Centros de Parto Normal (CPN) passam a ter um maior investimento quando se percebe que são locais nos quais a humanização do parto e nascimento acontece de forma mais efetiva e quando os desfechos obstétricos destes são melhores que os de maternidades convencionais, como menor uso de analgesia e anestesia, de ocitocina sintética, parto instrumentalizado e episiotomia, além de uma maior satisfação da mulher com o processo parturitivo (JAMAS, HOGA, REBERTE, 2013). E outra forma de estimular as boas práticas de atenção ao parto e nascimento foi o investimento nos enfermeiros obstetras, tendo como referência os cuidados e não a intervenção. Esse investimento tendeu a adquirir o exemplo de outros países que o cuidado à mulher no momento do parto é feito por profissionais não médicos, respeitando assim o processo fisiológico do parto e repercutindo na saúde materno-infantil (REIS et al, 2015). Diante disso, tem-se a união de dois investimentos para a maior humanização do parto e nascimento, que são os enfermeiros residentes inseridos no Centro de Parto Normal.

OBJETIVO

Relatar a experiência vivida por residentes de enfermagem obstétrica em um Centro de Parto Normal.

METODOLOGIA

Trata-se de relato de experiência com abordagem qualitativa e descritiva, desenvolvido no Centro de Parto Normal de uma maternidade de referência no atendimento obstétrico e neonatal, em Maracanaú /CE. O estudo foi realizado no período de novembro de 2017, durante as atividades de residência em enfermagem obstétrica da turma vigente de 2017 a 2019.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os residentes de enfermagem Obstétrica da Universidade Federal do Ceará passam por quatro campos de prática, sendo um Centro de Desenvolvimento da Família, no qual são realizadas atividades de pré-natal e consulta ginecológica, uma maternidade de nível secundário, no qual os residentes ficam na sala de parto e na emergência obstétrica e classificação de risco e diversos setores de uma maternidade de alto risco, como banco de leite, emergência obstétrica e classificação de risco, unidade de internação obstétrica, alojamento conjunto, sala da neonatologia, puerpério, sala de parto, dentre outros, além de um Centro de Parto Normal.

O Centro de Parto Normal está localizado na região metropolitana de Fortaleza, é um CPN do tipo II, que se caracteriza por está nas dependências internas de um estabelecimento hospitalar, possuir ambientes compartilhados com o restante da maternidade e garantir a permanência da mulher e do recém-nascido no quarto PPP (pré-parto, parto e pós-parto) (BRASIL, 2015).

Das maternidades que os residentes passam o Centro de Parto Normal é o local que todos mais almejam, pois a maioria dos partos são assistidos pelo os enfermeiros e nesse contexto o residente passa a ter total autonomia do processo parturitivo.

Após a experiência nos campos de prática da residência o centro de parto normal destaca-se como o campo de prática que oferta uma assistência mais humanizada, apoiando a parturiente em todos os aspectos, utilizando diversos métodos não farmacológicos para alívio da dor, respeitando todo o processo do parto.

Nesse ambiente o residente é responsável pela a paciente desde a admissão no CPN até a sua transferência para as unidades de internação, durante o processo de trabalho de parto, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Sempre sob orientação de um enfermeiro obstetra plantonista.

CONCLUSÃO

O Centro de Parto Normal é um local adequado para a assistência à parturiente. Dessa forma, os residentes em enfermagem obstétrica possuem mais autonomia para empoderar as mulheres à vivenciarem o parto de maneira fisiológica, com o mínimo de intervenções.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Portaria nº 11, de 7 de Janeiro de 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt0011_07_01_2015.html. Acesso em: 16 de Abril de 2018.

JAMAS, M. T., HOGA, L. A. K., REBERTE, L. M. Narrativas de mulheres sobre a assistência recebida em um centro de parto normal. Cad. Saúde Pública, v. 29, n. 12, p. 2436-2446, 2013.

REIS, T. R. et al. Enfermagem Obstétrica: contribuições às metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Rev. Gaúcha Enferm. V. 36, n. esp., p. 94-101, 2015.