RESUMO
A assistência de Enfermagem é imprescindível para o acompanhamento em todas as fases da vida da mulher, em especial aos cuidados de pré-natal, parto e pós parto. Cada mulher deve receber uma assistência particularizada, humanizada e que respeite as suas características sociodemográficas, culturais e obstétricas. Para isso, faz-se imprescindível o estudo do perfil das pacientes atendidadas, no sentido de caracterizar as variáveis obstétricas para se compreender melhor o público alvo atendido. Assim, esta pesquisa tem como objetivo avaliar as variáveis obstétricas das puérperas de maternidades referência do município de Fortaleza-CE. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. O trabalho foi realizado durante os anos de 2016 a 2018 com puérperas internadas no Alojamento Conjunto (AC) do Hospital Geral César Cals (HGCC) e da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) e que atenderam aos critérios de elegibilidade. Após a obtenção dos dados, os mesmos foram tabulados para aplicação de análise numérica. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa via Plataforma Brasil, com carta de anuência de ambas as intituições participantes (MEAC e HGCC), respeitando as normas da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Como resultados, a maioria das mulheres era multípara, multigestas, sem histórico de aborto, que realizaram pré-natal em gestação anterior e que ficaram satisfeitas com a assistência. 10% dos recém-nascidos (RN) apresentaram restrição de crescimento; 29% dos RN eram pré-termos; 3,3% dos RN apresentaram má formação; 6,3% das gestantes tiveram caso de morte perinatal; e a maioria das pacientes realizou 7 ou mais consultas de pré-natal. A média do peso variou de 65,53kg antes da gestação e 74,68kg na última consulta de pré-natal. Com relação à pressão arterial diastólica na primeira e última consulta, os valores respectivamente foram:71,32 mmHg e 74,29 mmHg; e à pressão arterial sistólica na primeira e última consulta respectivamente foram: 111,47 mmHg e 115,65 mmHg. A média da altura uterina na última consulta foi de 33,74cm. Reitera-se a importância de se conhecer o perfil das usuárias das maternidades para que se melhore e humanize a assistência de saúde prestada.