Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada uma doença crônica não transmissível multifatorial, onde torna-se um importante fator de risco de complicações cardíacas e cerebrovasculares. O enfermeiro enquanto educador em saúde deve promover estratégias para orientar os hipertensos em relação a sua condição. Objetivo: Relatar as vivências de alunos de enfermagem em uma intervenção educativa sobre HAS com servidores públicos e alunos de uma universidade pública. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de um grupo de acadêmicos de enfermagem participantes de um grupo de pesquisa de atuação em doenças crônicas em uma intervenção educativa sobre HAS com servidores públicos e alunos, realizado na Universidade Estadual do Ceará, no período de novembro de 2017. A população da intervenção foi composta por alunos e servidores da universidade, totalizando 70 participantes. A intervenção foi dividida em três momentos que aconteciam simultaneamente no turno da manhã. No primeiro momento ocorreu uma panfletagem nos principais setores e corredores da universidade. No segundo momento ocorreu a triagem dos participantes coletando dados e após foram convidados a responderem um questionário e posteriormente realizada a medição da pressão arterial em um local adequado. No terceiro momento ocorria a orientação a cada participante levando em consideração os níveis de pressão arterial encontrados e os seus hábitos de estilos de vida. Resultados e Discussão: Durante a panfletagem, os membros dividiram-se em três grupos com três acadêmicos e entregaram um folheto educativo que abordava dois tópicos acerca da HAS envolvendo os fatores de risco para seu desenvolvimento e métodos para preveni-la. Durante a entrega nos setores, os integrantes explicavam acerca da importância do controle da pressão arterial e convidavam a comunidade acadêmica para comparecerem ao espaço da atividade que foi realizado em uma sala adequada. Com esse primeiro momento, os integrantes da atividade puderam aproximar-se com os servidores buscando proporcionar o máximo de orientações possíveis acerca do tema. A segunda estação constituiu-se de um espaço para aferição da pressão arterial e orientações acerca do assunto. Os participantes eram recepcionados pelos acadêmicos na sala onde passavam por uma triagem inicial e os realizadores da atividade preenchiam uma ficha de cadastro dos participantes, envolvendo dados sociodemográficos dados relacionados ao estilo de vida e dados relacionados a história clínica atual/pregressa e familiar. Essa ficha foi preenchida e repassada para o acadêmico responsável pela verificação da pressão arterial. Depois, a verificação da PA foi realizada e os participantes receberam orientações de enfermagem ministradas pelos estudantes pesquisadores da área com o auxílio dos professores orientadores da atividade, baseando-se no resultado obtido subsidiando-se com a ficha preenchida anteriormente.As orientações realizadas, em sua maioria, eram sobre a importância da adesão medicamentosa aliada às medidas não farmacológicas para o controle da PA. conforme os comentários dos participantes, alguns desvalorizavam a prática de exercício físico e a busca por hábitos alimentares saudáveis, já que estavam tomando a medicação corretamente. Outros participantes, por sua vez, já pensavam que a alimentação saudável e a prática de algum exercício físico excluía a necessidade da medicação. Conclusão: A percepção dos acadêmicos acerca desta atividade ressaltou a importância das atividades de educação em saúde como parte essencial na formação do enfermeiro.Os servidores e alunos avaliaram positivamente a iniciativa, constantemente questionando sobre uma mesma intervenção em outros dias e locais. Nota-se como mesmo com a prevalência da HAS na população, a carência de orientações acerca da mesma se faz presente.