INTRODUÇÃO: A educação em saúde é uma ferramenta que valoriza os contextos sociais, econômicos e culturais do indivíduo. Assim, a exposição a fatores de risco comportamentais, como o sedentarismo, pode estar relacionada a fatores socioeconômicos e trabalhistas que podem ser trabalhados pelo enfermeiro por meio da educação em saúde. OBJETIVO: Analisar a associação entre nível de atividade física e as características socioeconômicas e trabalhistas de jovens adultos escolares como subsídio à atuação do enfermeiro. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo analítico, realizado com 446 adultos jovens escolares (20-24 anos) matriculados na rede estadual de ensino médio e nas municipais com Ensino de Jovens e Adultos em Maracanaú-Ceará-Brasil, após aplicação de um questionário com variáveis socioeconômicas e trabalhistas e do Questionário Internacional de Atividade Física versão curta. RESULTADOS: Constatou-se que 78,7% dos escolares eram ativos e o nível de atividade física esteve associado no modelo final da regressão ao sexo, renda familiar mensal, trabalho remunerado e horas de trabalho por dia. Homens, com maior renda familiar, que trabalhavam de forma remunerada durante seis horas ou menos por dia apresentaram-se mais ativos fisicamente. CONCLUSÃO: Os fatores socioeconômicos e trabalhistas predizem atividade física em adultos jovens escolares, devendo ser reforçadas medidas de promoção da saúde que favoreçam a inserção dos grupos inativos e para isso o profissional da saúde deve ter requisitos, estratégias e cuidados para uma maior efetividade nas ações adotadas.