TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO E FATORES DIFICULTADORES DE SUA ADESÃO: UM ESTUDO DE ENFERMAGEM

BEATRIZ LUCAS DE CARVALHO

Co-autores: ELIANA KÉSIA DA SILVA LIMA, ADRYEL VIEIRA CAETANO DA SILVA, LUANA SOUSA DE CARVALHO e MARIA VILANÍ CAVALCANTE GUEDES
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Objetivou-se com a pesquisa identificar o principal tipo de tratamento utilizado e os motivos que dificultam a adesão terapêutica de pacientes hipertensos atendidos na Atenção Primária a Saúde. Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal realizado em duas UAPS na cidade de Fortaleza com uma amostra de 95 pacientes com a coleta ocorrendo nos meses de abril a junho de 2017, sendo incluídos pacientes hipertensos, com idade superior a 18 anos e excluídos aqueles que possuíam mais de uma comorbidade autorreferidas. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um formulário que abordava critérios sociodemográficos, clínicos e antropométricos. Obteve-se como perfil clínico pacientes na faixa etária de adultos e idosos, em sua maioria do sexo feminino, que fazem uso de anti-hipertensivos, que já abandonaram a terapia alguma vez e que fazem acompanhamento na unidade. Com relação a terapia anti-hipertensiva percebeu-se o uso, principalmente, de medicamentos das classes dos inibidores da ECA e dos diuréticos e se existe adesão a mesma. Percebeu-se que dentre os principais motivos da não adesão a terapêutica estão às questões fisiológicas, estruturais e socioeconômicas, dando ênfase no desconhecimento acerca do processo de adoecimento crônico e de como a terapia influenciaria no controle da doença. Com isso, traz-se à tona a importância da utilização de metodologias educativas, como a de Paulo Freire, a fim de proporcionar um ambiente propício ao desenvolvimento de um conhecimento conjunto entre profissional e paciente, buscando incentivar as práticas de autocuidado e retardo do aparecimento de complicações referentes a doença.