EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE OS SINAIS DE TRABALHO DE PARTO :RELATO DE EXPERIENCIA

VANESSA ANDRADE SILVA ARAGAO

Co-autores: VANESSA ANDRADE SILVA ARAGAO, ANGÉLICA GOMES DA SILVA LIMA, DOUGLAS SOUSA DE CARVALHO, IVINA GOMES TELES, ULY REIS FERREIRA e ANA CILÉIA PINTO TEIXEIRA HENRIQUES
Tipo de Apresentação: Relato de Experiência

Resumo

 

INTRODUÇÃO

 

 O enfermeiro na atenção básica possui o desafio de implementar o cuidado em enfermagem na construção de relações interpessoais de diálogo, escuta, humanização e respeito (ACIOLI et al., 2014).Nesse sentido, é nas consultas de pré-natal o enfermeiro deve se portar como promotor de saúde e educador ao transmitir informações necessárias para a paciente para sanar todas as possíveis dúvidas trazidas pelo.

Para Santos et al. (2012) o pré-natal tem por objetivo avaliar a saúde materno-infantil, garantindo-lhes bem-estar; identificar fatores de risco; encaminhar  a gestante para níveis de referência de maior complexidade que assegurem tratamento precoce das condições anormais; favorecer a compreensão e a adaptação às novas vivências e instrumentalizar em relação aos cuidados neste período; preparar para o parto e pós-parto e para o exercício da maternidade e paternidade.

Nessa perspectiva,a consulta pré-natal acompanha todo o processo gravídico da mulher, o desenvolvimento fetal e principalmente possui o caráter de educação em saúde por meio de atividades, exercidas pelo enfermeiro, como palestras, grupo de gestantes ou rodas de conversa propicia reflexões acerca dessa

 

 

1. Autora apresentadora. Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário Fametro- UNIFAMETRO.

2. Autora. Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário Fametro- UNIFAMETRO.

3. Autor. Acadêmico de Enfermagem do Centro Universitário Fametro- UNIFAMETRO

4. Autora. Enfermeira pelo centro Universitário Fametro- UNIFAMETRO.

5. Orientadora. Doutora em Cuidados Clínicos em Saúde. Docente do Centro Universitário Fametro- UNIFAMETRO. E-mail do autor: vanessa.aragao@aluno.fametro.com.br

ISSN: 24465348

 

nova fase do ciclo vital da mulher ao confrontá-las com dificuldades comuns do grupo (GUEDES et al.,2017).

Carneiro et al. (2013,p.452) descrevem que "Para que a mulher desenvolva o conhecimento adequado, necessita ter suas dúvidas esclarecidas, mitos quebrados e conhecimentos prévios valorizados para a negociação e elaboração de novos saberes e fazeres".

OBJETIVO

 

Relatar a vivência acadêmica sobre a realização de atividade grupal sobre o reconhecimento dos sinais de trabalho de parto.

METODOLOGIA

 

Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. Segundo Minayo (2013), a pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das realidades sociais. A experiência teve como base a vivência de uma discente do curso de enfermagem do Centro Universitário UNIFAMETRO.

Essa ação foi realizada visando atender aos pré-requisitos da disciplina de Internato I, produzindo uma atividade sobre educação em saúde com o grupo de gestantes em uma Unidade de atenção Primária a Saúde (UAPS) localizada no município de Maranguape-Ce. As dinâmicas em grupo foram realizadas nas últimas sextas-feiras do mês, entre agosto e outubro de 2018. A prática contou com a presença de 20 gestantes na faixa etária entre 13 a 35 anos.

Deu-se início com a apresentação da acadêmica ao grupo e, posteriormente, o relato de cada gestante por nome, idade, tempo e número de gestações o tema em questão foi os sinais de parto. Realizada uma roda de conversa, onde foi identificado quais das participantes eram nulíparas e multíparas, também relatamos sobre o tampão mucoso, ida a maternidade, dilatação, as contrações e posteriormente, os principais sinais do parto, podemos citar como exemplos as cólicas parecidas com as menstruais acima do osso púbico, pressão ou dor na pélvis, coxas ou virilha, dor seca na lombar ou pressão nas costas, aumento do corrimento rosado, marrom, ou sangue saindo pela vagina. Por fim, informamos sobre as diferenças existentes entre o parto vaginal e a cesariana.

 

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Para estimular a interação das participantes foram realizados questionamentos prévios, ao grupo, para se avaliar a percepção das gestantes quanto ao conhecimento acerca do trabalho de parto verdadeiro, a perda do tampão mucoso e a experiência anterior ao parto normal. Sampaio et al. (2014) corrobora ao descrever que essa estratégia fornece conhecimento coletivo, dando ênfase no modo de vida cotidiana.

Durante a atividade pontuou-se sobre os sinais trabalho de parto verdadeiro, bem como o seu diagnóstico e o falso trabalho de parto, orientou-se sobre as contrações de treinamento (Branxton Hicks) e sobre o momento oportuno da ida a maternidade. De acordo com Montenegro e Rezende (2016) a imprecisão no diagnóstico e a confusão com o falso trabalho de parto pode acarretar internamento precoce e seus efeitos deletérios, dessa forma ocorrendo uma cascata de intervenções.

Dentre os sinais efetivo do trabalho de parto as participantes foram orientadas quantos a frequência das contrações uterinas, durabilidade e ritmo e a dilatação do colo do útero. Além da perda do tampão mucoso como subsídio para o trabalho de parto, mas não a sua efetivação (MONTENEGRO; REZENDE, 2016).

CONCLUSÃO

 

O empoderamento de informações pertinentes ao trabalho de parto é importante para garantir que essas mulheres sejam ativas na tomada de decisões referente ao que discerne o trabalho de parto e parto.

É de suma importância que os enfermeiros, acadêmicos e dentre outros profissionais da saúde utilizem-se de meios que favoreçam essa aquisição de conhecimento por parte da população com a finalidade de minimizar as intervenções fornecidas a mulheres que são internadas sem estarem em trabalho de parto, tornando por muitas vezes um processo fisiológico em patológico.

Dessa forma, conclui-se que é de grande relevância que os profissionais tornem constante a realização de educação em saúde, durante a realização das

 

consultas de pré-natal e que isso seja estimulado desde o processo de formação na academia.