O presente estudo busca analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Ceará no período de 2015 a 2017. O estudo é descritivo, epidemiológico, realizado através de levantamento de dados das informações das fichas do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), apresentados em tabela e exibidos em números absolutos e relativos. A população foi composta pelos casos notificados no período referido (n=3643). Observou-se que a maior frequência ocorreu em 2017 (35,90%),predominando em mães pardas (82,40%) e com o ensino fundamental incompleto (35,30%). Quanto ao pré-natal, 83,9% das mães realizaram o pré-natal segundo os anos diagnósticos. Observou-se que 96,99% dos casos evoluíram com a criança viva e 0,88% evoluíram ao óbito, tendo como causa a Sífilis Congênita. Constatou-se que 73,68% dos parceiros não realizaram o tratamento, e em 2017, foi o ano, no período de estudo, que apresentou a maior quantidade de parceiros que realizaramo tratamento com 12,39%. Tornou-se evidente o aumento de casos nos dois últimos anos, tal aumento demostra que a sífilis congênita se encontra ainda como um desafio a ser enfrentado no Ceará. A notificação dos casos em todos os níveis deatenção é imprescindível para o controle e dimensionamento correto da atual situação.