AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR: UM ENFOQUE NA HISTÓRIA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA

MARIA GRAZIELY LOPES SILVA

Co-autores: DOUGLAS DE SOUSA CARVALHO, IVINA GOMES TELES, KARLA YANCA DE SOUSA TABOSA, ULY REIS FERREIRA e ANA CILÉIA PINTO TEIXEIRA HENRIQUES
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Ao longo do ano de 2012 foi identificado que das 56 milhões de mortes ocorridas no mundo 38 milhões foram devidos a doenças não transmissíveis, em especial, as cardiovasculares, que contribuíram com 17,5 milhões de mortes, ou seja, 46,2% das mortes no período. É crescente o número de evidências das diferenças de gênero no risco e desfechos clínicos das doenças cardiovasculares (DCV), devendo os profissionais atentarem-se para questões pertinentes ao público feminino tais como: história de complicações obstétricas, a utilização de contracepção hormonal, terapia de reposição hormonal e da transição para o período da menopausa em relação ao adoecimento cardiovascular no público feminino. Mediante o exposto, objetiva-se apresentar os dados da avaliação de risco cardiovascular em mulheres referente à sua história ginecológica e obstétrica. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa que visa identificar a influência do adoecimento cardiovascular como um reflexo decorrente da história obstétricas e ginecológica.  A coleta dos dados aconteceu na Clínica Integrada de Saúde do Centro Universitário Fametro - UNIFAMETRO localizado no município de Fortaleza-Ce, compreendendo o período de maio de 2017 a agosto de 2018, tendo sido aprovado com o parecer Nº 2.455.147 e CAAE 73228017800005618. Participaram do estudo 129 mulheres, com as quais averiguou-se a história ginecológica dados como o diagnóstico de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), período da menopausa, a utilização de contracepção hormonal e reposição hormonal e o período do climatério. Referente à história obstétrica questionou-se as complicações obstétricas e os números de gestações, partos e de filhos vivos. Dentre as participantes do estudo 43,41% se encontravam no período da menopausa e 50,39% estavam no período do climatério. Em relação à história obstétrica, identificou-se que referente às gestações, 44,19% eram multíparas com histórico de complicação e 25,58% eram nuligestas. Conclui-se que é de extrema relevância estudos que abordem a temática do risco cardiovascular associado ao histórico ginecológico e obstétrico da mulher, a fim de conhecer os fatores de riscos individuais e possibilitar uma atuação do enfermeiro pautada em conhecimento científico, que atue na prevenção e promoção da saúde dessas mulheres.