Objetivou-se identificar, conforme a literatura científica, modificações históricas na assistência obstétrica que culminaram na medicalização do trabalho de parto e parto nos serviços de saúde brasileiros. Trata-se de revisão narrativa de literaturarealizada na Biblioteca Virtual de Saúde e Google acadêmico de setembro a maio de 2019, utilizando as palavras chaves: violência obstétrica, parto emedicalização do parto. Após aplicação dos filtros e dos critérios de inclusão e exclusão, 16 estudos compuseram a amostra. Em decorrência da mudança do ambiente domiciliar para o hospitalar enquanto lócus do parir,verificou-se aumento de condutas e procedimentos desnecessários tornando esse momento desumano, hostil e medicalizado com redução da autonomia feminina e elevados índices de cesáreas eletivas. Nesse sentido, faz-se necessário ressignificaro modelo de atenção obstétrica e a assistência ofertada ao processo de parturição, empoderando as mulheres, promovendo o restabelecimento da autonomia da parturiente e a desmedicalização do trabalho de parto e parto.