INTRODUÇÃO: A gestação corresponde a um período de novas descobertas acerca de mudanças físicas e psíquicas para a mulher, modificações nas relações sociais e na construção de uma visão maternal frente ao nascimento (FOGAÇA et al., 2017). Dito isso, a assistência a mesma nessa fase da visa é essencial, visto que um olhar holístico no período pré-natal pode contribuir para o empoderamento da mulher sobre seas direitos e sobre seu próprio corpo (HENRIQUES et al., 2015). Nesse sentido, a construção de grupos terapêuticos com vista ao empoderamento e estímulo ao autocuidado das mulheres sobre o período gravídico-puerperal desenvolve autoconfiança para que a gestação possa se tornar um momento único e harmônico (SOUZA, ROECKER, MARCON, 2011). OBJETIVO: Relatar a experiência sobre a participação de interna de enfermagem na construção e implementação de grupo de gestantes de uma Unidade de Atenção Primária em Saúde. MÉTODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, baseado nas vivências da acadêmica durante a construção dos encontros do grupo voltado para gestantes. A vivência ocorreu nos meses de janeiro a março de 2019, período em que a aluna estava inserida em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS), localizada em Fortaleza-Ce. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período de janeiro de 2019, os profissionais da unidade se organizaram para construir uma programação simples que atraísse as gestantes em um horário favorável com a agenda regular dos profissionais. Após um mês de divulgação a partir da construção e entrega de panfletos durante as consultas de pré-natais regulares das mulheres, o grupo teve início no mês de fevereiro, e contou com atividades quinzenais na unidade com a equipe multiprofissional, com momentos reservados para a atenção odontológica, os cuidados nutricionais e as alterações em saúde do período gestacional. Ao término do período de internato no território foi notável a construção de discussões e reflexões sobre a magnitude do profissional enfermeiro durante o pré-natal na atenção básica para a condução de uma boa assistência. Ademais, foi possível reforçar a importância de uma atenção multidisciplinar atrelado a espaços formadores para a atenção primária a saúde visto que a experiência vivenciada foi única e rica devido à diversidade de saberes expostos. CONCLUSÃO: a construção de grupos para gestantes tem o potencial de gerar conhecimento na medida em que possibilita a interação em um espaço que gera saberes ricos. A forma em que a informação é exposta em um grupo permite um melhor entendimento e facilita a aproximação da participante as atividades promovidas pela unidade. Dito isso, a vivência proporcionada pelo grupo proporciona uma troca mútua de experiências e estimula a reflexão da necessidade de espaços formativos na atenção primária a saúde com vista ao empoderamento da população sobre sua própria condição de saúde.