Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) destacam-se como responsáveis pela principal causa de mortalidade mundial e o Brasil está incluído nesse contexto. É possível promover a diminuição da morbidade e da mortalidade por doenças cardiovasculares. Entretanto, a não adesão ao tratamento farmacológico representa um importante obstáculo à obtenção dos resultados terapêuticos desejados no controle. Diante disso, torna-se necessária a adoção de medidas educacionais visando aumentar e manter a adesão ao tratamento em nível adequado, o que implica em maior atenção dos profissionais da saúde para o uso dos medicamentos pelos pacientes. Acredita-se que a educação destes pacientes seja o melhor caminho para o alcance desses objetivos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por cinco acadêmicos de Enfermagem, do quinto semestre, durante os estágios supervisionados da disciplina de Enfermagem em Saúde do Adulto, ofertada no curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE). No qual foi desenvolvida uma atividade educativa sobre adesão farmacológica para pacientes com adoecimentos cardiovasculares que se encontravam internados em um hospital público terciário de grande porte, localizado na cidade de Fortaleza - CE. Resultados e discussão: Constatou-se que os pacientes apresentavam falta ou déficit de conhecimento sobre o tratamento farmacológico, não sabiam informar a regularidade, nome, efeito terapêutico e adverso, guarda e conservação das drogas, além de manifestarem desconfortos em relação complexidade do esquema medicamentoso. Como estratégia para contribuir para a adesão terapêutica, foram repassadas informações claras, objetivas e de fácil compreensão sobre os aspectos funcionais dos medicamentos, pois o conhecimento sobre a doença e os medicamentos utilizados favorece a adesão ao tratamento farmacológico e o processo de orientação, pois torna os sujeitos ativos no processo de cuidado. Conclusão: Diante da atividade de educação em saúde desenvolvida, pode-se perceber o quanto foi importante o desenvolvimento da mesma, os esclarecimentos e as orientações oferecidas, para que os pacientes possam entender sobre a importância da adesão medicamentosa e dos cuidados que devem ser tomados para que alguns hábitos inadequados sejam modificados. Sem esquecer que por meio da intervenção educativa, os sujeitos tornaram-se mais empoderados para participarem do próprio processo de restabelecimento da saúde, e isto é de grande relevância pois torna-os mais responsáveis e conscientes.