INTRODUÇÃO: Hodiernamente, a pandemia do COVID-19 se tornou uma ameaça à saúde humana devido suas altas taxas de infecção e disseminação. Em algumas mulheres grávidas podem ocorrer insuficiência respiratória e progredir para síndrome do desconforto respiratório agudo, e também, complicações como cesárea de emergência e parto prematuro, exigindo oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) como terapia de resgate. Alicerçados em tais pressupostos, é notória a relevância dessa temática na situação atual vivenciada. OBJETIVO: Identificar, por meio das evidências científicas, quais são os benefícios da utilização de oxigenação por membrana extracorpórea em gestantes e puérperas infectadas pela COVID-19. METODOLOGIA:Trata-se de uma revisão integrativa, em que a questão de pesquisa norteadora foi "Quais são as evidências científicas disponíveis sobre os benefícios da utilização da oxigenação por membrana extracorpórea em gestantes e puérperas infectadas pela COVID-19?'' Para a construção da questão, a estratégia PICo foi empregada. Para a busca foram selecionadas as bases de dados MEDLINE e Science Direct, com os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): Oxigenação por Membrana Extracorpórea, Gravidez e Infecções por Coronavírus, utilizando o operador booleano AND. Como critérios de inclusão: Estudos primários, que abordavam a questão de pesquisa, no idioma português e inglês, sem delimitação do período. E os critérios de exclusão: revisões de literatura e editoriais. Ao realizar os cruzamentos nas bases de dados com os descritores estabelecidos, foram encontrados um total de 174 artigos, em que após a triagem e seleção foram incluídos 8 no presente estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 8 artigos incluídos nesta revisão, foi observado que 50% (n=4) dos artigos selecionados foram realizados nos Estados Unidos, seguindo de 12,5% (n=1) realizados no Japão, China, França e Itália. Em relação a categoria das mulheres, 62,5% (n=5) eram puérperas e 37,5% (n=3) gestantes. Em relação a utilização da oxigenação por membrana extracorpórea 100% (n=8) dos artigos obtiveram resultados satisfatórios e sem nenhum óbito materna-fetal. Foi identificado que a maioria dos estudos ocorreram nos Estados Unidos, justificando-se por ser um país desenvolvido com inovações na saúde, os quais requerem altos custos, em que dificilmente um país em desenvolvimento conseguirá arcar. Entretanto, identificou-se uma cura de 100% da utilização do ECMO nos estudos selecionados, mesmo apesar da ausência de diretrizes atuais sobre o uso em gestantes, com às inovações tecnológicas, seu uso ficou mais simples e seguro, portanto, vem sendo aplicado nos casos de complicações da COVID-19. Nesse sentido, foi observado uma grande aceitação da utilização da ECMO entre as gestantes, devido a recuperação mais rápida e eficaz, ocorrendo uma extubação precoce e uma melhora da hipoxemia. CONCLUSÃO: A utilização da ECMO em gestantes e puérperas tem obtido diversos benefícios para a saúde dessas mulheres infectadas pela COVID-19, como a extubação precoce, juntamente com a melhora do quadro clínico de uma forma mais rápida e eficaz. Entretanto, ainda existem repercussões negativas diante do uso dessa prática, de forma a tornar necessário o desenvolvimento de mais estudos sobre a temática frente a essa população.