INTRODUÇÃO: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) persistente, sendo transmitida predominantemente por via sexual e vertical. Na sífilis gestacional o diagnóstico e tratamento possuem papel importante para diminuição das taxas de desenvolvimento dos resultados negativos que são interligados ao aborto espontâneo, parto prematuro, morte fetal/neonatal ou prejuízos no desenvolvimento infantil. OBJETIVO: Descrever o comportamento da sífilis em gestantes no município de Fortaleza, Ceará no período de 2015 a 2020 com base nos determinantes sociais da saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, realizado em abril de 2021, a partir de dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde (MS). As variáveis utilizadas são relacionadas aos determinantes sociais da saúde, foram coletadas: faixa etária, escolaridade e o tratamento. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos anos de 2015 a 2020, foram notificados 3.099 casos de sífilis gestacional na cidade de Fortaleza-CE, mediante o estudo dos dados foi possível identificar dentre o período estabelecido uma alta taxa de incidência de novos casos no ano de 2018 com 25,1/1.000 nascidos vivos. Nos anos posteriores ocorreu uma diminuição dessa taxa de incidência com destaque no ano de 2020 com a taxa de 9,4/1.000 nascidos vivos. Dentre as faixas etárias estudadas, foi possível identificar que a maioria possuía faixa etária de 20 a 29 anos, com 1.676 (54%) casos, sendo essa faixa etária a realidade em outras regiões do país. CONCLUSÃO: Contudo, é indispensável o investimento em políticas públicas e ações que possibilitem o acesso às informações básicas para toda essa população, enfatizando ações voltadas para educação sexual, que é um passo importante para a promoção e prevenção a saúde, e diminuição dos casos da sífilis congênita e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.