O CUIDADO DE ENFERMAGEM À MULHER COM MIOCARDIOPATIA PERIPARTO: REVISÃO INTEGRATIVA.

YNARA BEATRIZ HOLANDA MARQUES

Co-autores: DAYANE BARROS QUEIROZ, VANESSA PINHEIRO DE ANDRADE, LISANDRA VASCONCELOS MACEDO, FRANCISCA LUANA GOMES TEIXEIRA e VERA LÚCIA MENDES DE PAULA PESSOA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO: Hodiernamente, o envelhecimento populacional e a mudança de hábitos de vida da população são fatores de risco para o desenvolvimento de muitas comorbidades, como as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT); são um conjunto de situações de adoecimento que acompanham o ser humano até o final da vida. Dentre as DCNT, quatro grupos de doenças lideram o índice de mortalidade: cardiovasculares, câncer, diabetes e doença respiratória crônica (DUNCAN, 2012).A miocardiopatia periparto (MCPP) é a principal causa de Insuficiência Cardíaca (IC) em mulheres, sendo esta definida como uma miocardiopatia de origem idiopática, em que há disfunção do ventrículo esquerdo, geralmente com FEVE <45%, entre o último mês da gestação e os 5 meses seguintes após o parto, sem relatos de doença cardíaca pré-existente (CHERUBIN, et al. 2020). OBJETIVO: Identificar os cuidados prestados à mulher com miocardiopatia periparto. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que segundo Botelho et al (2011) é um método científico específico, que tem como finalidade sintetizar o passado da literatura tanto empírica quanto teórica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após o emprego da estratégia de busca, foram encontrados 20 artigos. Filtrando pelos critérios de inclusão e exclusão, restauram quatro artigos, sendo um estudo quantitativo, transversal publicado em 2018 no Brasil, um estudo do tipo revisão sistemática e meta-análise publicado em 2020 nos Estados Unidos, um estudo prospectivo publicado em 2013 na Europa e um estudo descritivo qualitativo publicado em 2016 também na Europa. Sobre o nível de evidência dos artigos coletados, dois estudos são nível I, um estudo é nível III e um estudo nível IV. Patel et al. (2016) descreveram as experiências de 19 mulheres que apresentaram sinais e sintomas de PPCM. Os resultados encontrados foram sentimentos de invasão do corpo e desamparo relatados pelas participantes, além de sintomas físicos como falta de ar, náusea, palpitações, tosse, aperto no peito, entre outros, já os sintomas emocionais foram medo, ansiedade, sentimentos de pânico e pensamentos de morte iminente. Por fim, pode-se inferir que os sintomas de PPCM são debilitantes, exaustivos e assustador para as mulheres. Os autores apontam que os profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento pré-natal precisam de habilidades para identificar os sintomas iniciais da PPCM, pretendendo o tratamento precoce na atenção especializada. Os autores também apontam a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto para assegurar aos profissionais envolvidos, um maior embasamento na sua assistência. CONCLUSÃO: Infere-se portanto, que os profissionais de enfermagem, por estarem inseridos nos mais diversos cenários de cuidado, necessitam estar capacitados para lidar com as principais patologias que acometem as gestantes. Ademais, cabe a estes profissionais acolher todo o núcleo familiar que a mulher com miocardiopatia periparto está inserida a fim de tecer uma rede de apoio.