O transplante é um procedimento que objetiva o restabelecimento da função fisiológica de órgãos e tecidos acometidos por condições patológicas. Contudo a intervenção às vezes não é realizada por diversos fatores, entre eles a não disposição para a doação. Assim, objetivou-se analisar a disponibilidade dos profissionais de enfermagem em serem potenciais doadores de órgãos e tecidos com base em seus conhecimentos e vivências hospitalares. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa realizado em um hospital público de atenção terciária. A amostra foi composta por membros da equipe de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de um questionário disponibilizado virtualmente. Os aspectos ético-legais foram respeitados, com aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (parecer n° 5.778.036). Foram obtidas respostas de 81 profissionais de enfermagem de diversos setores da referida instituição. A maioria deles é doadora de órgãos e tecidos, já discutiu sobre essa opção com a família e concorda em realizar a doação de órgãos de algum familiar. A experiência no ambiente hospitalar contribui para a autorização da doação, contudo são observadas dificuldades em reportar a decisão para familiares e pessoas próximas vinculadas à própria percepção de finitude e fatores éticos e socioculturais.