A hanseníase é uma doença infecciosa de caráter crônico que pode atingir todas as faixas etárias e grupos étnicos. Contudo, evidencia-se uma problemática quanto à doença na população negra. Assim, em vista desse fenômeno, este estudo tem como objetivo evidenciar, as principais dificuldades da população negra no processo de adoecimento por hanseníase. Para isso, realizou-se um ensaio reflexivo baseado na seguinte pergunta norteadora: "Quais as principais dificuldades da população negra no processo de adoecimento por hanseníase?". Tal busca ocorreu pelo uso de Descritores em Ciências da Saúde, sendo esses: "black people", "leprosy" e "social vulnerability". Foram elaboradas três (n=3) categorias, a saber: 1) A história da marginalização, da discriminação e do estigma; 2) Determinantes sociais da saúde no contexto da hanseníase na população negra e 3) Barreiras ao acesso aos serviços de saúde. A reflexão possibilitou o desvelamento das principais dificuldades encontradas pela população negra. Assim, os autores evidenciam a necessidade do debate de tal temática, tendo em vista as invisibilidades enfrentadas por essa população, de modo que tais diálogos, futuramente, propiciem a redução de tais dificuldades e uma melhor atenção à saúde desses, a partir de medidas que impactem diretamente a forma como essa é ofertada.