PLANO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CUIDADO A IDOSA COM CÂNCER DE MAMA

VALDERINA MOURA LOPES

Co-autores: VALDERINA MOURA LOPES, RAFAELA DE SOUSA RODRIGUES, ALLYNY MOBLEY TAVARES DOS SANTOS SCOFIELD e CÍNTIA LIRA BORGES
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

INTRODUÇÃO

O câncer de mamaé uma doença que preocupa grade parcela das mulheres de todo o mundo. No Brasil, a incidência é de 22% a cada ano. Quando diagnosticado precocemente, tem-se melhora substancial do prognóstico (INCA, 2014).

OBJETIVO

Descrever o plano de assistência de enfermagem a uma idosa portadora de câncer de mama(CA mama).

METODOLOGIA

Estudo de caso realizado durante a vivência em uma associação não governamental para tratamento do câncer, no mês de maio de 2014, no município de Fortaleza/Ce. A coleta de dados se deu por meio de entrevista direta e consulta de informações no prontuário. Foram elaborados os diagnósticos e as intervenções, utilizando a classificação do NANDA Internacional e NIC.Essa pesquisa foi aprovada pelo CEP/UECE, processo nº: 11517349.

RESULTADOS

M.F.S., natural de Beberibe-Ce, sexo feminino, 61 anos, analfabeta, parda, separada, uma filha,ex-doméstica. Diagnosticada comCA de mama, em fevereiro de 2014.O nódulo foi descoberto durante o banho. Afirmava não ir com frequência à consulta ginecológicae, desconhecendo a importância da prevenção do câncer de colo do útero e de mama, procurou o serviço de saúde, somente, um ano depois que notou o nódulo.Com a confirmação do CA, foi encaminhada ao serviço especializado para tratamento neoadjuvante com radioterapia e, posteriormente, mastectomia. Após, foi admitida em uma associação não governamental, onde permaneceu por cinco semanas para tratamento adjuvante com radioterapia e quimioterapia. É sedentária; nega tabagismo e etilismo; sem histórico pessoal e familiar de câncer ou outras doenças.Refere que foi criada por pais adotivos; que possui um companheiro com o qual tem um bom relacionamento; e que recebe cuidados de sua única filha. Reclama da alimentação fornecida pela associação, porém nega hiporexia. Possui dificuldade para conciliar o sono, pois, muitas vezes, a radioterapia ocorre às 23h por questões de demanda do serviço. A paciente tem boa aceitação da doença e demonstra otimismo quanto ao tratamento, relatando já estar curada. Na sua concepção, no momento, faz apenas tratamento profilático. As principais alterações detectadas no exame físico foram: equimoses em membros superiores e edema em membros inferiores (MMII). Os principais diagnósticos de enfermagem encontrados foram:Padrão de sono prejudicado; Integridade da pele prejudicada; Estilo de vida sedentário; Disposição para o autoconceito melhorado; Disposição para resiliência melhorada. Intervenções propostas: estimular a deambulação; elevar os MMII; observar a pele e registrar alterações; manter a pele hidratada; identificar dificuldades na ingestão de alimentos; estimular a participação em atividades recreativas na unidade (fisioterapia e artesanato); escutar atentamente as queixas;estimular a leitura de livros e conversas com outros internos da unidade;motivar diálogo com a partilha dos sentimentos e das experiências; estimular contato familiar por meio de visitas; orientar repouso diurno; estabelecer relacionamento terapêutico e criar vínculo de segurança e confiança; fornecer reforço positivo, conforme as mudanças de atitudes e comportamentos.

CONCLUSÃO

O câncer é uma doença debilitante que, muitas vezes, deixa sequelas emocionais e físicas severas. A enfermagem,fazendo uso de tecnologias inovadoras e do processo de enfermagem, é capaz de proporcionar bem-estar e qualidade de vida ao indivíduo, seja esse saudável ou em processo de adoecimento. Nesse estudo, ao longo dos dias, com estratégias simples, sobretudo de diálogo e atenção, notou-se a otimização do enfrentamento da doença e a busca por modos de vida saudáveis, especialmente, a prática de atividade física. Esse processo foi facilitado tendo em vista o otimismo e a esperança demonstrados pela idosa.

REFERÊNCIAS

Instituto Nacional do Câncer [Internet]. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; 2014- [citado 2015 abr 20]. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama/cancer_mama+