Introdução O período puerperal é composto por muitas mudanças, visto ser um processo de transição psicossocial da gestação e parto para uma nova condição, que inclui o reconhecimento de si mesma, do próprio corpo, das relações familiares e sociais. Assim, o puerpério é caracterizado por um período de alterações psicológicas e fisiológicas, logo surge a necessidade da assistência de enfermagem durante essa fase, a fim de propiciar cuidados especializados e de qualidade, além de promover atividades de educação e saúde. Nesse período a mulher passa a ser vista com suas diversas necessidades, somadas as necessidades do recém-nascido e da família. Porém, algumas vezes a mulher coloca suas necessidades em segundo plano, priorizando sua atenção ao seu filho, assim, tornando o seu autocuidado prejudicado, Neste contexto, segundo Almeida (2006), os cuidados de enfermagem tem por meta oferecer estratégias de enfrentamento e adaptação para transição à maternidade, com ações voltadas para a superação de dificuldades, logo, priorizando através da educação em saúde o autocuidado no período puerperal. Objetivos Relatar a experiência de educação em saúde para promoção do autocuidado de puérperas. Metodologia O estudo realizado é uma pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência. A coleta de dados foi iniciada somente após a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UECE n.31513314.6.0000.5534. A qual foi desenvolvida em um hospital terciário em Maracanaú com 8 puérperas com idade entre 19-35 anos. A coleta de dados ocorreu durante o mês de novembro de 2014, sendo utilizado um álbum seriado para as atividades de educação em saúde e uma entrevista estruturada composta pelo pré e pós-teste compondo cinco perguntas sobre o tema autocuidado da puérpera. O pós-teste era realizado somente após a atividade de educação em saúde. A abordagem contemplava perguntas sobre relação sexual, alimentação, higiene, atividade física e o cuidado de si. Resultados Das puérperas entrevistadas, seis responderam no pré-teste que a relação sexual não poderia ser feita logo após o parto e no pós-teste todas relataram que não podia ocorrer relação sexual no pós-parto. Em relação à ingestão de qualquer tipo de alimento durante a amamentação, quatro relataram que poderiam ingerir qualquer tipo de alimento no pré-teste, já no pós-teste todas narraram que não poderiam comer qualquer alimento nesse período. Quando perguntado se era necessário realizar higiene das mamas no pós-parto, cinco responderam que sim durante o pré-teste e no pós-teste todas também acharam necessário realizar a higiene das mamas. Em relação a realização de atividade física logo após o parto seis informaram que não era adequado na avaliação do pré-teste, já no pós-teste somente seis falaram que não era adequado. Quando foi perguntado se a puérpera deveria deixar seu cuidado de lado para cuidar somente do bebê, todas responderam que não, tanto no pré como no pós-teste. Logo, é notório a demanda das puérperas em relação ao seu conhecimento sobre seu autocuidado, assim sendo necessário atividades educativas como forma de promover o autocuidado destas. Conclusão O puerpério compreende um período de readaptação da mulher a uma nova fase, dessa forma surge à necessidade de promover ações educativas sobre seu autocuidado com a finalidade de priorizar a manutenção da saúde, incluindo está no seu processo de cuidado, promovendo assim a sua qualidade de vida. Referências Almeida MS, Silva IA. Necessidades de mulheres no puerpério imediato em uma maternidade pública de Salvador, Bahia, Brasil. Rev Esc Enferm USP. 2008; vol.42 n.2 p.347-354.