DOR EM RECÉM-NASCIDOS: COMO OS ENFERMEIROS AVALIAM?

SARAH NOGUEIRA RABELO

Co-autores: SARAH NOGUEIRA RABELO, CAMILA ALMEIDA LEANDRO, SELMA MARIA RIBEIRO DE SOUSA, ANA PAULA DA SILVA MORAIS e EDNA MARIA CAMELO CHAVES
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO: A dor é um fenômeno subjetivo e complexo, principalmente em recém-nascidos (RN) que não desenvolveram ainda a capacidade de verbalizar seus sentimentos, expressando apenas reações fisiológicas e comportamentais. A dificuldade de aferir a dor de forma confiável nos RN estimulou o planejamento de diversas escalas de avaliação da dor, observando padrões expressos pelo neonato. A avaliação e mensuração da dor tem se tornado foco de preocupação constante da equipe de enfermagem na assistência neonatal. Portanto, torna-se necessário dispor de conhecimentos padronizados e desenvolver habilidades de avaliar e manejar a dor no neonato, visando diminuir a dor e o estresse, melhorando assim o conforto e a qualidade de vida do neonato. OBJETIVO: Identificar as escalas de avaliação da dor nos recém-nascidos utilizadas pelos enfermeiros em artigos da literatura científica nacional. METODOLOGIA: Estudo bibliográfico descritivo, realizado em abril de 2015, por meio da busca de artigos na base de dados LILACS, utilizando os descritores Dor. Enfermagem. Recém-nascido. Medição da dor. Inicialmente foram encontrados 14 artigos com enfoque na temática, sendo selecionados 8 que atenderam ao critério de inclusão: tratar de avaliação da dor em recém-nascido, com texto completo e no recorte temporal de 2005 a 2015. Foram excluídas teses, dissertações e revisões bibliográficas. Dados organizados de forma descritiva. RESULTADOS: A análise dos artigos mostrou que os profissionais de enfermagem utilizam a NIPS (Neonatal Infant Pain Scale) e a escala analógica visual, para avaliação da dor nos recém-nascidos submetidos a procedimentos dolorosos. Além da escala os enfermeiros utilizam na sua prática clínica a observação de sinais fisiológicos, como taquicardia, taquipnéia, saturação de oxigênio, e sinais comportamentais, como choro e expressões faciais. Essas escalas utilizam escores para avaliar a dor. A pontuação superior a 4, significa que o RN está sentindo dor. CONCLUSÃO: A dor como sinal subjetivo somado a não verbalização do neonato, requer que a equipe de enfermagem esteja atenta e apta a perceber alterações comportamentais e fisiológicas que acompanham o episódio doloroso. Porém existem barreiras para a implementação efetiva do cuidado de enfermagem afim de estimar melhores intervenções e tratamentos para aliviar os sintomas e propiciar conforto para o neonato. Dentre as quais a falta da padronização de métodos, como o uso de escalas para a avaliação da dor, junto com a falta de qualificação da equipe para utiliza-las. REFERÊNCIAS: Santos LM, Ribeiro IS, Santana RCB. Indicação e tratamento da dor no recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva. Rev Bras Enferm. 2012; 65(2):269-75.Santos LM, Pereira MP, Santos LF, Santana RC. Avaliação da dor no recém-nascido prematuro em Unidade de Terapia Intensiva. Rev Bras Enferm. 2012; 65:27-33. Caetano EA, Lemos NRF, Cordeiro SM, Pereira FMV, Moreira DS, Buchhorn SMM. O recém-nascido com dor: atuação da equipe de enfermagem. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(3): 439-45.