INTRODUÇÃO
A Febre Reumática (FR) é uma complicação tardia não supurativa de uma infecção da orofaringe pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield (COSTA; DOMICIANO; PEREIRA, 2009). Pode acometer diferentes tecidos, incluindo coração, articulação e sistema nervoso central, e ocorre, principalmente, em crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos de idade e geneticamente predispostos (ROBAZZI et al., 2014). Devido às complicações da doença, os indivíduos apresentam grande comprometimento da sua qualidade de vida.
OBJETIVO
Descrever a qualidade de vida dos pacientes portadores de FR.
METODOLOGIA
Revisão integrativa da literatura, com seleção em três bases de dados: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e ScientificElectronic Library Online(SciELO). Descritores utillizadospresentes no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): ''febre reumática'', ''qualidade de vida'' e ''enfermagem''. O levantamento dos artigos deu-se no mês de abril de 2015, seguindo-se os critérios de inclusão: artigos em português, publicados nos últimos dez (2005 - 2015) e disponíveis eletronicamente.Foram achados dez artigos referindo-se a temática.
RESULTADOS
Avaliar a qualidade de vida (QV) de pessoas com doenças crônicas tem sido uma maneira de determinar o impacto do cuidado de saúde quando a cura não é possível. Ela tem sido objeto de investigação na área da saúde, por ser considerado importante aspecto na avaliação dos resultados de diferentes procedimentos terapêuticos usados nessa população(ROBAZZI et al., 2014). Um dos sistemas orgânicos afetado pela FR é o cardiovascular, envolvendo lesões de válvulas cardíacas que podem conduzir a sequelas crônicas, incapacitantes e cardiopatias. Por isso, a febre reumática, ainda, se constitui em um grande desafio clínico, pois a cardiopatia desencadeada pela doença acarreta limitações na qualidade de vida, sendo a principal responsável pela mortalidade na idade escolar (RODRIGUES; QUEIROZ; CHAVES, 2010). Os cuidados de enfermagem são essenciais para os pacientes, visto esses profissionais permanecerem atentos durante todo o processo de tratamento e reabilitação, previnem e detectampossíveis complicações, com o intuito de promover o bem estar ao paciente.
CONCLUSÃO
A FR afeta diretamente a qualidade de vida do paciente, desde pequenos acometimentos como fadiga, e até maiores. Perante os resultados apresentados, ressalta-se a importância do profissional de enfermagem que, além do alivio das dores, em fornecer apoio emocional durante a recuperação do paciente.
REFERÊNCIAS
COSTA, L.P.; DOMICIANO, D.S.; PEREIRA, R.M.R. Características demográficas, clínicas, laboratoriais e radiológicas da febre reumática no Brasil: revisão sistemática. Rev Bras Reumatol, Sao Paulo, v. 49, n. 5, p.606-616, ago. 2009.
DANTAS, R.A.S.; GÓIS, C.F.L.; SILVA, L.M. Utilização da versão adaptada da escala de qualidade de vida de Flanagan em pacientes cardíacos. Rev. Latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 1, jan./fev. 2005.
ROBAZZIA, T.C.M.V et al. Manifestações articulares atípicas em pacientes com febre reumática. Rev Bras Reumatol, Salvador, v. 54, n. 4, p.268-272, out. 2014.
RODRIGUES, I.P.; QUEIROZ, M.V.O.; CHAVES, E.M.C. CARACTERÍSTICAS DA FEBRE REUMÁTICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: CONVIVENDO COM A DOENÇA. Rev Rene, Fortaleza, v. 11, n. 3, p.36-46, jul./set. 2010.