Introdução O ciclo gravídico puerperal caracteriza-se como uma etapa de grandes mudanças, sendo estas físicas, psicológicas, fisiológicas, emocionais, causando novos sentimentos, como dúvidas, insegurança, ansiedade, medo, os quais podem refletir diretamente na qualidade de vida dessas mulheres. Diante disto, faz-se necessário uma atenção qualificada e humanizada que atenda a necessidade dessas mulheres de forma individualizada. Que se dá por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e recém-nascido, através de condutas acolhedoras e orientações adequadas. Dessa forma, após a confirmação da gravidez até o puerpério, essas mulheres devem ser bem atendidas, sendo orientadas sobre todas as mudanças em seu corpo, sua saúde e de seu filho. Assim, o enfermeiro possui papel importante no desenvolvimento de práticas educativas para garantir a saúde e evitar possíveis complicações maternas e fetais. Objetivo Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem no desenvolvimento de práticas educativas em saúde à mulher no ciclo gravídico-puerperal. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O presente estudo relata a experiência de membros de um grupo de extensão da Universidade Estadual Do Ceará, vinculado a linha de pesquisa saúde da mulher, sobre as práticas educativas no ciclo gravídico puerperal. Antes de iniciar as ações educativas, realizou-se levantamento bibliográfico, a fim de propiciar o embasamento teórico acerca, das principais demandas das puérperas e a importância das atividades educativas no esclarecimento de dúvidas. O estudo foi realizado no Hospital da mulher e da criança no município de Maracanaú, especificamente no anexo da rede cegonha, no alojamento conjunto. Participaram do estudo todas as puérperas que se encontravam no alojamento conjunto nos dias das ações educativas. Quanto aos aspectos éticos, as atividades se apoiaram nas Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Humanos, aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde conforme a Resolução 466 de 2012 (BRASIL 2012). As práticas educativas foram iniciadas somente após a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (UECE) nº 31513314.6.0000.5534. Resultados Nos dias de realização das atividades educativas com as puérperas, a fim de investigar o seu conhecimento prévio sobre o assunto a ser abordado foram realizados pré-testes com diferentes temáticas e após a atividade educativa foi realizado o pós-teste para avaliar o grau de conhecimento adquirido através das atividades. As práticas educativas foram realizadas com cartazes, panfletos, álbuns seriados, elaborados pelos próprios membros do grupo. Como principais resultados, pode-se observar um déficit de conhecimento das puérperas sobre os cuidados inicias com o recém-nascido (RN), principalmente em relação a higiene, ou seja a forma correta de dar o banho e de realizar higiene do coto umbilical. Outra temática que se mostrou bastante pertinente entre as puérperas foi o aleitamento materno e a alimentação adequada da mãe e do RN. Pode-se perceber uma grande demanda de informações, esclarecimentos por parte das puérperas, principalmente as primíparas. Diante desta realidade, o desenvolvimento de práticas educativas é muito importante, pois é um momento de interação do enfermeiro com a mulher, facilita o vínculo, o aprendizado e a compreensão das puérperas sobre as diferentes temáticas que envolve o RN e o seu autocuidado. É um ótimo momento para discutir e esclarecer questões, pois surgem obstáculos, mitos, crenças dúvidas e necessidade pelas puérperas, principalmente as primíparas Fornece apoio para as mulheres fazendo com que se sintam mais seguras e tranquilas nessa nova etapa. Conclusão Portanto, através da vivencia proporcionada pelas atividades do grupo de extensão, pode-se perceber a importância das práticas educativas durante o ciclo gravídico-puerperal, pois é o momento no qual as mulheres conseguem assimilar bem as orientações, o enfermeiro tem oportunidade de orientar a fim de evitar a ocorrência riscos e proporcionar maior segurança e melhor desempenho nos cuidados com o recém-nascido.