INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares tem sido a principal causa de morbidade e mortalidade entre brasileiros desde a década de 1960. Quando a doença já está instalada, é necessário recorrer a ações de prevenção secundária e terciárias para garantir diagnóstico precoce e tratamento adequado, minimizar incapacidades e reintegrar o indivíduo à sociedade. Com o passar dos anos, o diagnóstico precoce e as medidas preventivas terciárias aumentam a sobrevida dos pacientes. Dentro das ações de prevenção terciária, a reabilitação emerge, pois é um processo dinâmico, contínuo, progressivo e principalmente educativo que visa à restauração funcional. A reabilitação cardíaca refere-se a várias atividades realizadas pelo paciente em tratamento de doença cardíaca para garantir saúde psíquica, física e social. O enfermeiro é um profissional apto a realizar o acompanhamento do paciente, pois tem a capacidade de diagnosticar necessidades bio-psico-sociais, dessa forma, o cuidado de enfermagem está voltado a implementar intervenções que promovam a melhora funcional, reintegração social, e maior autonomia.
OBJEITIVO
Este estudo teve como objetivo descrever a atuação do enfermeiro na reabilitação cardíaca ambulatorial.
METODOLOGIA
Tratou-se de uma revisão bibliográfica, realizada em março de 2015, nas bases de periódicos da BVS, acessando-se a base de dados SCIELO, associando os descritores enfermagem e reabilitação. Foram encontrados 12600 artigos. Ao filtrar os publicados entre 2010 até 2015, em português, disponíveis na íntegra, restaram 332 artigos, destes 327 foram excluídos por não guardarem relação com a temática. Restaram cinco artigos utilizados neste estudo.
RESULTADOS
Percebeu-se que a atuação do enfermeiro no ambulatório tem característica educativa, pois a doença cardíaca já está instalada. As intervenções de curto prazo buscam o recondicionamento físico para o retorno de atividades diárias, a educação do paciente e da família sobre a fisiopatologia da doença e a relação desta com o trabalho, e apoio emocional. As intervenções de longo prazo buscam identificar e tratar os fatores de risco que influenciam na progressão na doença, ensinar hábitos alimentares saudáveis e incentivar a prática de exercícios físicos, e explicar o mecanismo de ação dos fármacos.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o enfermeiro como profissional da reabilitação deve visar a independência funcional, por meio da promoção do autocuidado e controle dos fatores de risco, mantendo o paciente motivado e colaborativo com o seu tratamento. Sua atuação na reabilitação é norteada por uma assistência holística ao paciente, buscando melhores condições de vida e de integração social. Deste modo, o enfermeiro projeta sua prática profissional além da função curativa, representando assim um papel fundamental nos processos de prevenção e reabilitação.
REFERÊNCIAS
RABOO,M. P.S., CAMPOS, R.F.T.L., DIAS, M.M.A., BARBOSA ,S. R.B., BOSCO, A. D. RODRIGUES, F.S.S., RIBEIRO, J.L.O papel de uma equipe multidisciplinar em programas de reabilitação cardiovascular, Ciência em movimento n. 23, 2010.
MICAELO, F.J.F., VALENTE J.P.O., GONÇALVES O.M.C.M, DUARTE S.R., Reabilitação cardíaca... o papel do enfermeiro. Ver. De saúde amato lusitano 2011 n.29.
DOMINGUES, F.B., CLUSELL, N., ALITI G.B., DOMINGUEZ D.R., RABELO E.R., Educação e monitorização por telefone de pacientes com insuficiência cardíaca: ensaio clínico randomizado .ArqBrasCardiol2011,n.96, v.3.
LANA, L.D., CAMPONOGARA S., BOTOLLI C., CIELO C., RODRIGUES I. Perfil de pacientes em reabilitação cardíaca : implicações para enfermagem. Revista cuidado é fundamental online 2014.
FASSARELLA C.S.,PINTO,V.A.E., ALVES A.S. O enfermeiro como educador na reabilitação cardíaca dentro da estratégia saúde da família: uma revisão de literatura. Revista rede de cuidados em saúde.