INTRODUÇÃO: A dor é considerada uma sensação desagradável, produzida pela excitação de células nervosas sensíveis a estímulos. Nos recém-nascidos, questionava-se a incapacidade de sentir dor, devido a imaturidade neurológica e a não verbalização da dor pelo bebê. Hoje, sabe-se que os recém-nascidos podem perceber a dor mais intensamente do que crianças ou idosos, pois ainda não possuem mecanismos de controle inibitório capazes de modular essa dor. O alívio da dor e a promoção do conforto, são intervenções essenciais no cuidado neonatal, portanto, é necessário o uso de estratégias para o controle e avaliação desta dor. Diante do contexto, questiona-se quais as escalas utilizadas para avaliar a dor? Quais as intervenções de enfermagem não farmacológicas e farmacológicas para minimizar a dor? OBJETIVO: Analisar quais as escalas utilizadas e as intervenções de enfermagem utilizadas no recém-nascido para minimizar a dor. METODOLOGIA: Trata-se revisão bibliográfica, descritiva, realizada na base de dados Lilacs, com os descritores: Dor, Enfermagem e Recém-nascido. Foram encontrados 79 artigos, os dados foram coletados através de um formulário em março de 2015. A amostra foi composta de 18 artigos que atenderam aos critérios de inclusão: ser pesquisa, texto completo e no recorte temporal de 2004 a 2014. Foram excluídos editoriais, teses e dissertações. RESULTADOS: A análise dos artigos demonstrou que a escala NIPS é mais utilizada, pois permite avaliar parâmetros comportamentais e fisiológicos como a saturação de oxigênio e a frequência cardíaca. As intervenções não farmacológicas mais utilizadas são a glicose a 25% dois minutos antes do procedimento, a redução da luminosidade e do ruído local, contato pele a pele, posicionamento adequado. Nos métodos farmacológicos, são administrados opióides, anestésicos locais e analgésicos não esteroidais. CONCLUSÃO: É fundamental difundir as práticas de alivio da dor entre dos profissionais da saúde, em especial os enfermeiros, com a finalidade de melhorar a assistência desses pacientes submetidos a inúmeros procedimentos dolorosos ao longo das internações, pois estes profissionais são os principais envolvidos no manejo e nos cuidados dos recém-nascidos.
REFERÊNCIAS:
Santos, L.M; RIBEIRO, I.S; SANTANA, R.C.B. Indicação e tratamento da dor no recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva. Rev Bras Enf. 2012; v.65(2); p.269-75.
CAETANO, E.A. et al. O recém-nascido com dor: atuação da equipe de enfermagem. Esc Anna Nery Rev de Enferm. 2013; v.13; p.439-45.
OLIVEIRA, R.M. et al. Implementação de medidas para alívio da dor em neonatos pela equipe de enfermagem. Esc Anna Nery Rev de Enferm. 2011; v.15(2); p.277-283.