INTRODUÇÃO: A dor no neonato, é um fenômeno complexo e subjetivo que nas ultimas décadas tem despertado o interesse dos profissionais de saúde, em particular o enfermeiro. Sabe-se que os recém-nascidos (RNs) em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) são submetidos a procedimentos dolorosos diários durante o período da hospitalização. O desconforto e o sofrimento causados pela dor prolongada têm consequências a curto e longo prazo para o RN, interferindo na restauração de sua saúde, na integração com sua família e na relação à cognição e aprendizado. Para alivio da dor do RN a enfermagem deve implementar medidas terapêuticas apropriadas, como o uso de medidas farmacológicas, e não farmacológicas. Diante do contexto questiona-se, quais as medidas não farmacológicas utilizadas pelo enfermeiro para o alívio da dor? OBJETIVOS: Analisar o uso de intervenções não farmacológicas utilizadas pelo enfermeiro para o alívio da dor em recém-nascidos na unidade de terapia intensiva neonatal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada na base de dados LILACS no mês de março e abril de 2015, utilizando-se os descritores: dor, enfermagem e recém-nascido. Foram selecionados 79 artigos. Os critérios de inclusão: ser pesquisa, com texto completo em português, no recorte temporal de 2010 a 2014. Foram excluídos as reflexões teóricas, relatos de experiência e editoriais. Amostra composta por 14 artigos. Dados organizados de forma descritiva. RESULTADOS: Nos artigos selecionados que se referem às intervenções não farmacológicas de enfermagem, realizadas pelas enfermeiras foram identificadas medidas para o alívio da dor tais como: oferta de glicose na gaze, sucção não nutritivas, ambiente tranquilo e organizado, toque, aconchego e conforto aos RNs antes e após os procedimentos dolorosos. Ressalta-se a importância da habilidade prática e o conhecimento técnico-científico pertinente a profissão, com o objetivo de promover o alivio da dor e minimizar o estresse vivenciado pelo RN durante a internação. CONCLUSÃO: Pode-se inferir que as intervenções não farmacológicas realizadas pela enfermagem são eficazes, pois minimizam a dor nos recém-nascidos internados durante os procedimentos dolorosos. Contudo, os profissionais devem buscar aperfeiçoar a humanização da assistência, seus conhecimentos sobre o cuidado adequado para o neonato e o gerenciamento da dor.
Descritores: Enfermagem, recém-nascido, dor.