CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE À ADMINISTRAÇÃO DE SULFACTANTE EXÓGENO NO RECÉM-NASCIDO
Taís Nobre de Lima Andrade¹ Antonia Graziela Dantas Bezerra¹ Caíque Farias de Lavor Firmeza1 INTRODUÇÃO A doença da membrana hialina (DMH) é caracterizada pela deficiência de surfactante pulmonar, que é composto primeiramente de fosfolipídios(75%), proteínas(10%) e carboidratos, levando ao colapso dos alvéolos, podendo causar insuficiência respiratória e levar a óbito.( ARAÚJO, REIS 2012) A incidência da DMH geralmente aumenta com a diminuição da idade gestacional ao nascimento, sendo de evolução pior no sexo masculino. Nos Estados Unidos afeta aproximadamente 20 mil a 30 mil recém-nascido a cada ano. Cerca de 50% dos RN entre 29 e 28 semanas de gestação desenvolvem a DMH, enquanto 20% a 30% dos recém-nascidos pré-termo de 30 a 31 semanas têm a doença(SANCHEZ, BROUSSE, TORRETTI 2004) . O surfactante tem como finalidades, diminuir a tensão superficial na interface ar-líquido alveolar, manter a estabilidade dos alvéolos, impedindo que ocorra o colapso no final da expiração. OBJETIVO Descrever os cuidados de enfermagem prestados ao recém-nascido durante a administração de surfactante exógeno. METODOLOGIA. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo, sobre a temática de cuidados de enfermagem ao recém-nascido durante a administração de surfactante exógeno. A partir da análise de artigos com publicações nos anos de 2004 a 2013 foram identificados aqueles relacionados aos cuidados de enfermagem ao recém - nascido durante a administração de surfactante,que correspondiam aos descritores "Doença da Membrana Hialina", "Enfermagem" e "Recém-nascido". A busca dos artigos para o presente estudo foi realizada no período de abril de 2015, na base de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas publicações foi possível verificar que dentreos cuidados de enfermagem ofertados aos neonatos durante a administração do surfactante, destacam-se os seguintes:manter o frasco de surfactante em temperatura ambiente; verificar a posição da cânula traqueal; aspirar a cânula antes de administrar o surfactante; realizar o procedimento com técnica asséptica; manter o recém-nascido em posição de decúbito dorsal; ventilar o neonato por meio de um respirador, observar a frequência cardíaca, saturação de oxigênio e cor do RN e aspirar a cânula traqueal somente após 6 horas. CONCLUSÃO Por meio da literatura revisada pode-se constatar que os cuidados de enfermagem ofertados aos recém-nascidos são relevantes na prevenção do colapso pulmonar. Observamos também, que é preciso o trabalho em equipe, a fim de intervir de forma rápida e eficaz. REFERÊNCIAS ARAÚJO, L.A, REIS, A.T. Enfermagem na prática materno-neonatal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. SANCHEZ, C, BROUSSE, L.T, TORRETTI, J.T. O Sulfactante Pulmonar. Rev. Pediátrica Eletrônica,v.1, n.1, p.45-50, 2004. Palavra-chave: Doença da Membrana Hialina. Enfermagem. Recém-nascido. 1. Graduando em Enfermagem da Universidade de Fortaleza - UNIFOR. 2. Orientadora. Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva. Docente da Universidade de Fortaleza - UNIFOR
Fernanda Flávia Vasconcelos Sousa1
Camila Santos do Couto²