AS CONTRIBUIÇÕES DA EFERMAGEM NO MANEJO DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ADOTADO EM CONVULSÕES NEONATAIS

LUIS GUSTAVO OLIVEIRA FARIAS

Co-autores: LUIS GUSTAVO OLIVEIRA FARIAS, AMAURILIO OLIVEIRA NOGUEIRA, GABRIELA COSTA E SILVA, ANA CAROLINA DE LIMA VASCONCELOS e EDNA MARIA CAMELO CHAVES
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

INTRODUÇÃO: A administração de medicamentos requer por parte do enfermeiro conhecimentos e habilidades para uma administração segura. Recém-nascidos (RNs) de alto risco hospitalizados em unidades neonatais no país é intensa, para isso são utilizados medicamentos na prática clínica, de forma a atender as necessidades em processos patológicos como, por exemplo, em convulsões neonatais. As CN. Caracterizam-se clinicamente por movimentos parciais clônicos ou tônicos, mioclonias não provocadas e posturas tônicas generalizadas associadas a alterações no sistema autônomo. OBJETIVO: Descrever a fisiopatologia da CN. e as especificidades do tratamento farmacológico disponível para o neonato dentro do contexto das contribuições da enfermagem para a terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados Scielo e a amostra foi composta por 13 artigos. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre o período de 2010 a 2015, idioma português e inglês, além de artigos que definissem a fisiopatologia da convulsão trazendo aspectos do tratamento farmacológico disponível e que descrevessem as contribuições assistências de enfermagem para terapêutica farmacológica e como critérios de exclusão artigos de revisão e trabalhos que relacionavam a convulsão neonatal a outras patologias de base. RESULTADOS: O enfermeiro é o profissional responsável por e organizar o processo da terapêutica farmacológica, pois é a partir do aprazamento que o enfermeiro pode identificar possíveis complicações, evitando-as e evidenciando sua contribuição para a terapêutica farmacológica adotada. As convulsões associam-se com alterações na disponibilidade do neurotransmissor glutamato que por sua vez tem ação excitatória no sistema nervoso central, pois essas alterações na via glutamatergica são fatores chaves para o inicio de um episodio convulsivo. O manejo inicial dos pacientes com convulsões neonatais consiste em buscar a etiologia das mesmas, pois dependendo da etiologia o tratamento farmacológico torna-se diferenciado. Os antiepilépticos mais usados no recém-nascido são: fenobarbital, difenilhidantoina, fosfenitoína e os benzodiazepínicos. Os esquemas terapêuticos consistem em usar fenobarbital como medicamento de primeira linha, seguido por fenitoina e lorazepam nos casos necessários. O fenobarbital deve ser usado via intravenosa com dose de ataque de 20 mg/kg. Se a convulsão dura mais de dez minutos depois da adminstração da dose de ataque, deve administrar-se uma segunda dose de 10 mg/kg , e se a convulsão persiste após a infusão da segunda dose, deve-se admnistrar outra dose de 10 mg/kg. Se a convulsão continuar depois de administrar um total de 40 mg/kg de fenobarbital, está indicada a administração de fosfofenitoína endovenosa na dose de 20 mg/kg a uma velocidade de infusão menor de 1 mg/kg/min. CONCLUSÃO: A terapia medicamentosa atualmente disponível para o neonato é diversificada dentro do grupo dos anticonvulsivantes, entretanto esses fármacos devem ser utilizados com um controle rigoroso, pois são fármacos que apresentam a peculiaridade de um curto espaço entre a dose terapêutica e a dose letal para o neonato, diante disso a assistência de enfermagem torna-se primordial, pois o enfermeiro é responsável por aprazar esses medicamentos e é capaz de prever possíveis complicações ou interações adversas que  possam ocorrer dentro dos esquemas por ele aprazados. 

 

REFERÊNCIAS: 

  1. Katzung BG. Farmacologia: Básica e Clínica. 12. ed. Rio de Janeiro: ArtMed, 2014. 

  2. Chaves EMC, Jorge MSB. Administração de medicamentos: análise da produção científica de enfermagem. Rev. Bras. Enfermagem 2006;59(5): 684-8. 

  3. Lima REF, Cassiani SHB. Interacciones Medicamentosas Potenciales Em Pacientes deUma Unidad De Terapia Intensiva de Um Hospital Universitário. Rev Latino-am Enfermagem. 2009; 17(2): 81-87.