DIAGNÓSTICO SITUACIONAL COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

GRAZIELLE MARA DA MATA FREIRE

Co-autores: GRAZIELLE MARA DA MATA FREIRE, FERNANDA ROCHA HONÓRIO DE ABREU, MARIA EMILIA DE MELO VIANA, RAYMARI DIAS ALMEIDA e MAYENNE MYRCEA QUINTINO PEREIRA VALENTE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO

A territorialização é uma ferramenta utilizada para o mapeamento do território e certificar-se de que a atenção primária está assistindo a todos de sua área de abrangência.  Porém, o processo de territorialização sofre uma contínua modificação, devido à dinamicidade da comunidade ocasionando assim, presença marcante de áreas de influência, caracterizada pelo aumento da procura pelo serviço de saúde pela população que se enquadra em outra regional.

OBJETIVOS

Realizar um planejamento estratégico para resolver à problemática da área de influência.

METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência, construído a partir da vivência do mapeamento do território, realizado no mês de Fevereiro de 2014. Desenvolvida em uma microárea de uma Unidade Básica de Atenção a Saúde da Família (UBASF), localizada em Fortaleza-CE. O desenvolvimento teve por embasamento a estratégia de reconhecimento das microáreas assim identificamos a prevalência de área de influência, constituindo uma problemática para uma assistência adequada.   

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O diagnóstico situacional "Área de Influência" foi obtido a partir da realização da territorialização. O planejamento estratégico abordou os seguintes aspectos: reorganização das microáreas, comunicando a prefeitura da existência desta área, indicando a necessidade de uma nova territorialização; melhor distribuição das UBASF, através da demonstração da área de abrangência de cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) e, assim, indicar um melhor remanejamento; criação de novas UBASF, no intuito de minimizar o deslocamento do usuário, facilitando o acesso ao serviço de saúde; realizar a territorialização para identificar áreas descobertas; e remanejamento/aumento do quadro de profissionais de saúde, para que todos os usuários da área de abrangência possam usufruir dos serviços de saúde.

CONCLUSÃO

A territorialização permite a identificação de vulnerabilidades do território, como a presença de áreas de influências, ocasionando ainda no sobrecarregamento dos serviços de saúde, impossibilitando a garantia da aplicabilidade dos princípios doutrinários do SUS, em decorrência de uma assistência inadequada pela alta demanda populacional.

REFERÊNCIAS

FARIA, R. M. A territorialização da atenção primária a saúde no sistema único de saúde e a construção de uma perspectiva de adequação dos serviços aos perfis do território. Rev. Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 9, n. 16, p. 131-147, jun. 2013.

PESSOA, V. M. et al. Sentidos e métodos de territorialização na atenção primária a saúde. Ciência & Saúde Coletiva, n. 18, v. 8, p. 2253-2262, 2013.

SANTOS, A. L.; RIGOTTO, R. M. Território e territorialização: incorporando as relações produção, trabalho, ambiente e saúde na atenção básica à saúde. Trab. educ. saúde (Online),  Rio de Janeiro,  v. 8, n. 3, p. 387-406, nov.  2010. 

TORRES, M. V.; LEAL, K. K. F.; CHAVES, Y. M. O processo de territorialização no bairro São Pedro em Teresina, Piauí: uma visão de saúde na população. Conscientiae Saúde, Brasil, v. 10, n. 4, p.672-680, outubro de 2011.