INTRODUÇÃO: No recém-nascido (RN), a pele é fina, menos corneificada, suave, macia, uniforme, lisa, aveludada e suas camadas têm espessura diminuída, com retificação da epiderme e pouca adesão dermoepidérmica e dermosubcutânea. Essas características, somadas a uma menor imaturidade dos anexos subcutâneos, deficiência na regulação térmica, precariedade da lubrificação subcutânea, maior sensibilidade a irritantes químicos e maior permeabilidade, são responsáveis pelo aparecimento de erosões e bolhas como resposta aos mínimos traumas, ocasionando ao RN sofrimento. Nesse sentido faz-se necessário a preservação da integridade da pele, sendo um aspecto fundamental do cuidado de enfermagem durante o período neonatal. OBJETIVO: Identificar na literatura evidências acerca da assistência de enfermagem frente à prevenção de lesões de pele em recém-nascido. METODOLOGIA: Trata-se uma revisão de literatura, realizada nas bases de dados LILACS e SciELO, através dos descritores: "Recém-nascido", "Cuidados de enfermagem" e "Pele", nas quais foram selecionados artigos acerca da temática, publicados na íntegra, em português do ano de 2002 a 2009. O levantamento bibliográfico foi realizado em fevereiro de 2015, sendo a amostra da pesquisa composta por 3 artigos. RESULTADOS: As evidências científicas analisadas ressaltam que a equipe de enfermagem tem atuação primordial frente à redução de riscos de lesões de pele ao RN, haja vista ser uma das principais portas de infecção hospitalar. Assim, algumas intervenções de enfermagem são indispensáveis para manter a integridade da pele, entre elas incluem-se o banho, a lubrificação com óleos emolientes, o uso de soluções cutâneas para antissepsia, a fixação de adesivos para o apoio a aparelhos de monitorização e cuidados com a perda de calor. Além disso, a assistência de enfermagem visa prevenir injúria química, ou seja, realizar assepsia com solução clorexidine 0,5%, utilizando uma pequena porção, remover a solução imediatamente após o procedimento, limpando a área com água estéril. Isso se deve à imaturidade das camadas da pele, principalmente do stratum corneum, que pode provocar irritação ou mesmo queimaduras. Portanto os profissionais de enfermagem devem minimizar as perdas insensíveis de água, manter a temperatura estável e prevenir infecções, o que ocasiona uma melhor prevenção a lesões de pele do RN. CONCLUSÃO: Conclui-se, nesse sentido, que é de suma importância um cuidado de enfermagem efetivo frente aos aspectos de redução de lesões de pele ao recém-nascido, onde o conhecimento, sensibilização e conscientização dos profissionais de enfermagem devem está presente no seu campo de trabalho, visando assim oferecer uma melhor qualidade de assistência ao recém-nascido e por consequência uma melhor qualidade de vida ao mesmo. REFERÊNCIAS: 1- CUNHA, M.L.C.; MENDES, E.N.W.; BONILHA, A.L.L. O cuidado com a pele do recém-nascido. Rev Gaúcha Enferm. 23(2): 6-15, jul. 2002. 2- ROLIM, K.M.C. et al. Atuação da enfermeira na prevenção de lesão de pele do recém-nascido. Rev. enferm. UERJ. 17(4):544-9, out/dez, 2009. 3- ROLIM, K.M.C. et al. Cuidado com a pele do recém-nascido pré-termo em unidade de terapia intensiva neonatal: conhecimento da enfermeira. Rev. Rene. 9(4):107-115, out./dez. 2008.