HIPOTERMIA NO PERÍODO INTRAOPERATÓRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

LUIS ADRIANO FREITAS OLIVEIRA

Co-autores: LUIS ADRIANO FREITAS OLIVEIRA e ARIADNE FREIRES DE AGUIAR MARTINS
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

Hipotermia no período intraoperatório: Uma revisão integrativa

 

Luis Adriano Freitas Oliveira¹

Ariadne Freires de Aguiar Martins²

 

INTRODUÇÃO: A temperatura corporal é um dos parâmetros fisiológicos mais rigorosamente controlados pelo organismo. No período intraoperatório, a hipotermia pode ser ocasionada por vários fatores, tais como agentes anestésicos, temperatura ambiental, tempo de exposição ao ambiente com baixas temperaturas, infusões venosas frias e distúrbios sistêmicos. Pode, ainda, estar associada a vários fatores de risco, tais como extremos de idade, doenças metabólicas e distúrbios neurológicos. OBETIVO: Descrever através da literatura as complicações da hipotermia no período intraoperatório. METODOLOGIA: O estudo é do tipo revisão integrativa, utilizando-se as seguintes etapas: estabelecimento do objetivo da revisão, determinação dos critérios para a seleção da amostra, fixação das informações a serem extraídas dos artigos selecionados, análise dos resultados, apresentação e discussão dos resultados. Foi utilizada a base de dados LILACS para a busca de dados, utilizando as palavras-chaves Recuperação Pós- Anestésica, Hipotermia e Sala de Recuperação, consideradas descritores no DeCS (Descritores em Ciências de Saúde). Os critérios utilizados para a seleção da amostra foram: artigos publicados no período de 2009 a 2014, disponíveis online na íntegra e em português. Foram selecionados três artigos como objeto de estudo, por apresentarem aspectos que respondiam à questão norteadora. RESULTADOS: A hipotermia do paciente em período intraoperatório, se não prevenida em sala de operação (SO), pode desencadear complicações nos períodos de recuperação anestésica (RA) e pós-operatório (PO), como alterações respiratória, cardiovascular, tegumentar, entre outras. A hipotermia não intencional é decorrente do procedimento anestésico cirúrgico, é um estado clínico no qual o organismo não possui a capacidade de regular a temperatura corporal, uma vez que os elementos envolvidos neste mecanismo estão comprometidos pelos fármacos depressores do centro regulador da temperatura corporal. A hipotermia pode levar a várias complicações, incluindo infecção no sítio cirúrgico, isquemia do miocárdio, arritmias, elevação das catecolaminas, prolongamento do tempo de recuperação, alterações hormonais, coagulopatias e tremores musculares.  Foi observado que durante o ato anestésico-cirúrgico, é comum a ocorrência de hipotermia não intencional, em consequência da inibição central de termorregulação e diminuição do metabolismo induzidas pela anestesia e a exposição do paciente ao frio das salas cirúrgicas. Quanto maior a duração da cirurgia, menor a temperatura corporal do paciente.  CONCLUSÃO: Conclui-se, que o paciente pode apresentar hipotermia no período intraoperatório desencadeando várias manifestações clínicas indesejáveis, onde o enfermeiro exerce papel importante na implantação de medidas preventivas em sala de operação, evitando complicações, visando à melhoria da assistência prestada, dando maior segurança ao paciente no procedimento cirúrgico, minimizando os riscos aos quais ele está sujeito. REFERÊNCIAS: CASTRO, F. S. F. et al. Temperatura corporal, Índice de Aldrete e Kroulik e alta do paciente da Unidade de Recuperação Pós-Anestésica. Rev Esc Enferm, São Paulo, v.46, n.4, p. 872-6, 2012.  MATTIA, A. L. et al . Rev Esc Enferm, São Paulo, v. 46, n.1, p. 60-6, 2012. POPOV, D. C. S. e PENICHE, A. C. G. As intervenções do enfermeiro e as complicações em sala de recuperação pós-anestésica. Rev Esc Enferm , São Paulo, v.43, n. 4, p. 953-61, 2009.