Assistência de Enfermagem a pacientes em cuidados de terapia intensiva: relato de experiência
Hudson Filipe Arnou Alves[1]
Rhanna Emanuela Fontenele Lima de Carvalho[2]
Jordana Rodrigues Moreira[3]
Perla Guimarães Feitosa[4]
INTRODUÇÃO
As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são consideradas como locais destinados à prestação de assistência especializada a pacientes em estado crítico¹. São características peculiares de uma UTI: o ambiente permeado por tecnologia de ponta, situações iminentes de emergência e necessidade constante de agilidade e habilidade no atendimento ao cliente². O paciente assistido em uma UTI perde seu contato direto com familiares e pessoas próximas, e é destituído, mesmo que temporariamente, da sociedade, de suas atividades e rotinas, tendo que se relacionar com desconhecidos e ficando exposto a situações constrangedoras, a um ambiente diferente e inóspito, deparando-se com outros pacientes, por vezes em condições piores que a sua, além de outros fatores que acabam por gerar medo e angústia ². Por isso, a importância do cuidar integral e humanizado pela equipe multidisciplinar, assistindo assim o seu paciente como o todo, não visando somente à doença e sim ao seu estado geral de saúde.
OBJETIVO
Relatar a experiência de internos de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará - UECE em unidade de terapia intensiva a pacientes em cuidados críticos.
METODOLOGIA
Pesquisa descritiva, de natureza qualitativa, na forma de relato de experiência. Foi realizado durante a disciplina de internato do curso de graduação em enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE), tendo como práticas na UTI, junto aos alunos, professores e enfermeiros, no período de setembro a novembro de 2014.
RESULTADOS
A experiência do interno em uma UTI proporciona sensações contrastantes entre o receio de cuidar de pacientes críticos e a grande oportunidade de aprendizado que a unidade proporciona. A diversidade de histórias e casos clínicos proporciona a consolidação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Sendo assim, é válido ressaltar a importância dos enfermeiros tutores no aprendizado do aluno, no qual estes tiveram grande contribuição mostrando-se acolhedores e preocupados com a formação. Ainda, tendo em vista o período de três meses de imersão dos internos nas rotinas da unidades, os alunos aprimoraram junto com a equipe de enfermagem, um instrumento de passagem de plantão e visita multidisciplinar. Este instrumento é composto por dados relacionados ao Sistema neurológico/nível de consciência, Sedoanalgesia, Sistema respiratório, Hemodinâmica, Drogas vasoativas, Nutrição, Cateteres venosos/arteriais, Sistema urinário, Eliminações, Drenos, Ostomias, Integridade da pele/risco de integridade de pele prejudicada, Culturas/isolamento, Antibioticoterapia, Hemotransfusão, Exames, cirurgias e procedimentos agendados e Pendências. Este instrumento tem como finalidade otimizar a passagem de informações entre profissionais, procedimento essencial para um cuidado com qualidade e segurança.
Conclusão
A experiência na Unidade de Terapia Intensiva nos possibilitou agregar a nossa prática a assistência a pacientes críticos, desenvolver habilidades e nos apropriar das tecnológicas duras devido ao imenso aparado tecnológico do setor.
REFERÊNCIAS
¹SOUZA, M.; POSSARI, J. F; MUGAIAR, K. H. B. Humanização da abordagem nas unidades de terapia intensiva. Rev Paul Enferm. v.5, n.2, p. 77-79, abr.,1985. ²BOLELA, F.; JERICÓ, M. C.. Unidades de terapia intensiva: considerações da literatura acerca das dificuldades e estratégias para sua humanização. Esc Anna Nery R Enferm., v.10, n.2, p. 301-308, ago., 2006.
Palavras-Chave: Enfermagem; Formação Profissional; Terapia Intensiva.
[1] Acadêmico de Enfermagem na Universidade Estadual do Ceará - UECE. Participante do Grupo de Pesquisa em Segurança do Paciente e Qualidade da Assistência de Enfermagem.
[2] Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo - USP. Professora adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará - UECE. Pesquisadora na área de segurança do paciente.
[3] Acadêmica de Enfermagem na Universidade Estadual do Ceará - UECE. Bolsista FUNCAP. Participante do Laboratório de Praticas Coletivas em Saúde.
[4] Acadêmica de Enfermagem na Universidade Estadual do Ceará - UECE. Bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET. Participante do Grupo de Pesquisa em Segurança do Paciente e Qualidade da Assistência de Enfermagem.