GESTÃO DO CUIDADO NA PROBLEMÁTICA DO USO DE DROGAS DURANTE A GRAVIDEZ: O ADVENTO DO ITINÉRIO TERAPÊUTICO

GILSENE CAROLINE PONTE DE MACEDO

Co-autores: FRANCISCO ANDERSON CARVALHO DE LIMA2, LOURDES SUELEN PONTES COSTA , ARON ABIB CASTRO DE AGUIAR e MARIA SALETE BESSA JORGE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

GESTÃO DO CUIDADO NA PROBLEMÁTICA DO USO DE DROGAS DURANTE A GRAVIDEZ: O ADVENTO DO ITINÉRIO TERAPÊUTICO

Gilsene Caroline Ponte de Macêdo1

Francisco Anderson Carvalho de Lima2

Aron Abib Castro de Aguiar 3

Lourdes Suelen Pontes Costa 4

Maria Salete Bessa Jorge5

INTRODUÇÃO:

O fenômeno do uso de drogas durante a gestação se caracteriza como um problema cada vez mais comum nas práticas de saúde. Consiste num grave problema de saúde pública, pois as gestantes têm menor adesão à assistência pré-natal, menor participação em grupos de gestantes e apresentam maior risco de intercorrências obstétricas e fetais.

OBJETIVO:

Investiga-se o material coletado para análise quanto às contribuições e evidências com o objetivo de refletir sobre a gestão do cuidado na atenção primária e sua relação com o trabalho em saúde a partir do advento do itinerário terapêutico.

METODOLOGIA:

O presente trabalho trata-se de pesquisa bibliográfica acerca da gestão do cuidado na atenção primária com enfoque no Itinerário Terapêutico. Este tipo de estudo é entendido como o ato de indagar e de buscar informações sobre determinado assunto (MINAYO, 2010). Foi efetuada uma revisão das publicações no período de março/abril de 2015, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO, utilizando os descritores "acesso aos serviços de saúde", "Itinerário terapêutico", "Atenção Primária à Saúde", "Gravidez", "Drogas de Abuso" e "Transtornos relacionados ao uso de substâncias". A partir da combinação desses descritores, foram localizadas 29 publicações, dos quais, 16 foram rejeitados por serem repetidos ou por não se relacionarem com o objetivo do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Percebe-se a importância de uma maior intervenção na promoção e prevenção de saúde buscando mudanças de determinadas condutas que podem ter impacto positivo para a gestante e seu filho. O reconhecimento dos fatores de risco e o conhecimento precoce de problemas advindos do uso de drogas reforçam a cadeia de intervenção, podendo evitar seu agravamento. É preciso compreender as experiências construídas por essas pessoas no processo de viver com a doença, comorbidade ou alguma necessidade de saúde, que vão orientar o processo de escolhas sobre os cuidados e os tratamentos que irão realizar, denominado itinerário terapêutico. Este é um conjunto de processos empreendidos pelos indivíduos e grupos na busca de tratamento, analisando as interações entre os diferentes atores (indivíduo, família, comunidade, categorias de curadores). Envolvem hábitos, o acaso, os atos impensados, não apresentando, assim, um modelo ou padrão dentro do qual possam ser enquadrados os processos de escolha e objetiva interpretar os processos pelos quais os indivíduos ou grupos sociais escolhem, avaliam e aderem (ou não) a determinadas formas de tratamento (TRAD et al., 2010).

CONCLUSÃO:

A utilização dos itinerários terapêuticos constitui importante ferramenta para compreender o movimento dos pacientes e família em busca de saúde, uma vez que considera a forma e a disponibilidade de serviços, associados com as possibilidades socioculturais que possibilitem o desenhar das trajetórias. Possuir tal conhecimento é relevante na compreensão dos profissionais sobre os fatores envolvidos no caminhar em busca de uma necessidade de saúde, direcionando uma prática de saúde voltada para a singularidade do sujeito ou grupo social. Além disto, orienta ações a serem desenvolvidas nos serviços de saúde direcionadas a grupos de risco para a Saúde Pública. Portanto, aproximar os saberes da gestante usuária de drogas dos saberes dos profissionais, e vice e versa, possibilita a adoção de estratégias de cuidados mais eficazes.

REFERÊNCIAS:

MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

SILVA, et al. Itinerário terapêutico: tendência em teses e dissertações da enfermagem no Brasil. Revista Saúde (Santa Maria), V.40, n.1, Jan./Jul. 2014.

 

TRAD, L. A. B. et al. Itinerários terapêuticos face à hipertensão arterial em famílias de classe popular. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 4, 2010.