Até a década de 1830, era comum observar doentes mentais a solta no espçao urbano paraibano. Porém, com a evoluçaõ de uma nova mentalidade voltada para o desejo de modernidade e saneamento da cidade, o louco passou a ser visto como "um peso morto", incapaz de contribuir com o progresso através do trabalho. Confundidos com vagabundos e marginalizados, os alienados eram trancafiados nas prisões ou encerrados nos quartos escuros do Hospital de Caridade da Santa Casa. Diante disso, este artigo tem como objetivo analisar o controle exercido pelo Estado, durante o século XIX, a estes desviantes da ordem estabelecida, mostrando as ações implementadas pelos orgãos responsáveis para controlar seus corpos em meio a uma sociedade que se modernizava e que exigia cada vez mais o expurgo de tais criaturas do seu meio social.