Este trabalho é o resultado parcial obtido a partir da nossa pesquisa de Iniciação Científica vinculada ao projeto "Adoecer e Morrer na Província da Paraíba na Segunda Metade do Oitocentos" e tem como objetivo analisar, através das publicações do jornal O Governista Parahybano, a relação entre a febre amarela e os discursos governistas entre os anos de 1850 e 1851, entendendo esses comportamentos como prática de uma cultura política. A década de 1850 é marcada, na Paraíba, assim como em outras províncias, pela presença de epidemias que assolaram e assustaram os moradores, como a febre amarela, e o cólera. Em épocas epidêmicas, o comportamento dos presidentes de províncias, em relação às doenças, atesta uma cultura política em voga, que perpassa o cotidiano da população oitocentista. Como fonte, utilizamos os Relatórios dos Presidentes de Províncias e os jornais. A partir da História das Doenças e da Saúde percebemos como os impressos, enquanto veículos relevantes de circulação das notícias, constituem-se enquanto fonte para observarmos o flagello que se aproximava da Província, as doenças, bem como da ligação política entre os periódicos e o governo provincial.