Através da análise dos jornais pernambucanos Diario da Manhã, Diario de Pernambuco, A Província e Jornal do Recife, este trabalho discute as percepções culturais do Ocidente acerca do manguezal, mas principalmente sobre seus usos econômicos tanto para as classes abastadas quanto para a população pobre da cidade, na Primeira República. Mesmo alvo de alertas por ser visto como uma das maiores causas de insalubridade pública, julgado por sua estética lamacenta e odor desagradável, o valor econômico do manguezal era conhecido, sendo devastado de acordo com as necessidades do mercado - no caso das classes altas, praticantes do corte de árvores de mangue, e como fonte da alimentação dos que dele dependiam para sobreviver.