Para tentar impedir as práticas criminosas na cidade do Recife, foi criada em 1876 a Guarda Cívica, uma instituição policial de caráter civilizador, que deveria se preocupar em inibir o crime e outras práticas consideradas desviantes como bebedeiras, jogatinas e arruaças, tendo como foco de atuação as freguesias centrais da cidade. O objetivo de nossa comunicação é analisar as percepções que deputados e presidentes de província apresentaram sobre o trabalho desenvolvido pela instituição, que atuou entre 1876 e 1890. Discutiremos como a classe política da província estava interessada na questão do policiamento do Recife e como a mesma via o trabalho da Guarda Cívica, principalmente diante dos problemas que surgiam em decorrência da atuação da instituição, que por diversas vezes se envolveu em conflitos, em vez de impedi-los ou resolvê-los.