O objetivo neste trabalho é discutir as estratégias utilizadas pela elite imperial frente as tensões no cativeiro, destacando a atuação dos homens livres pobres e as consequências derivadas da escravidão. As décadas de 1830-40 foram marcadas por revoltas envolvendo cativos, proprietários de terras, militares e população livre. A promulgação da Lei de 1831 visando coibir o tráfico internacional de escravos não foi respeitada e a entrada de cativos se intensificou contribuindo nas revoltas organizadas pelos cativos e aumentando a tensão entre proprietários e escravos. Como consequência da escravidão podemos constatar a precarização do trabalho livre pela via de baixos salários, jornadas de trabalho exaustivos e péssimas condições ofertadas aos trabalhadores nas lavouras. A pressão demográfica nas áreas canavieiras empurrava-os para as zonas semiáridas e da caatinga onde desenvolviam as lavouras de subsistência.